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Confrontos e detenções na fronteira. Camionistas desesperam para deixar o Reino Unido

23 dez, 2020 - 12:13 • Redação com Reuters

Há vários dias sem poderem avançar e na contagem decrescente para o Natal, os ânimos aqueceram esta quarta-feira e alguns motoristas envolveram-se em escaramuças com as forças de segurança.

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Detenções e confrontos no Reino Unido. Motoristas continuam retidos na fronteira
Detenções e confrontos no Reino Unido. Motoristas continuam retidos na fronteira

Confrontos com a polícia e detenções foram registados esta quarta-feira de manhã em Dover, no sul de Inglaterra, numa altura em que milhares de camionistas continuam retidos na fronteira para sair do Reino Unido.

Há vários dias sem poderem avançar e na contagem decrescente para o Natal, os ânimos aqueceram e alguns motoristas envolveram-se em escaramuças com as forças de segurança.

Em resultado deste protesto já foram realizadas detenções, de acordo com as agências internacionais.

Imagens divulgadas mostram os momentos de tensão, enquanto outros motoristas realizaram um enorme “buzinão”.


Os incidentes desta quarta-feira acontecem depois de Reino Unido e França terem chegado, ontem, a um entendimento para tentar desbloquear a situação.

O aglomerado de milhares de camiões junto ao porto de Dover foi motivado pelas medidas de restrição para tentar travar a nota estirpe de Covid-19 que está a alarmar a Europa.

Os motoristas de mercadorias começaram a ser testados à Covid-19. Se o resultado for negativo, podem prosseguir viagem rumo a França.

Apesar da ordem de entrada em França, na fila de camiões nada mudou. É o que diz à Renascença o motorista português Carlos Loureiro, que desde o início desta semana espera para sair do Reino Unido.


Aqui no terreno continua tudo igual. Os camiões continuam parados, os barcos continuam a não levar os camiões para França; está tudo igual como estava nos últimos dias”, descreve Carlos Loureiro.

O camionista queixa-se de falta de informação e de certezas relativamente à realização dos testes à Covid-19. “São boatos, uns dizem que é preciso, outros que não é, uns dizem que é o Exército que vai fazer o teste, mas certezas absolutas não temos”.

Segundo o português, há uma extensa fila de camiões que ultrapassará mais de 100 quilómetros.

Carlos Loureiro é um dos milhares de motoristas de longo curso retidos no Reino Unido desde o fim-de-semana, a aguardar a abertura de fronteiras. Diz já ter pouca esperança de conseguir passar o Natal com a família.

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