23 dez, 2020 - 16:49 • Filipe d'Avillez
O Presidente Donald Trump concedeu esta quarta-feira vários indultos totais, ou parciais, cumprindo assim uma tradição de Natal.
Entre os 20 reclusos que beneficiam destes indultos estão o seu ex-conselheiro de campanha George Papadopoulos, vários ex-congressistas republicanos e ainda quatro mercenários da agência Blackwater, que foram condenados por matar civis no Iraque.
Quinze pessoas receberam um indulto total e outros cinco viram as suas penas comutadas.
George Papadopoulos, que foi condenado por ter mentido ao FBI durante a investigação ao caso da alegada interferência da Rússia nas eleições de 2016 que deram a Trump o seu primeiro mandato. Numa declaração afirmou estar “em êxtase” com a notícia da sua libertação.
Outros dois que beneficiam do privilégio presidencial são Duncan Hunter e Chris Collins, ex-congressistas. O primeiro foi condenado por desviar fundos de campanha para uso pessoal e o segundo por abuso de informação privilegiada. Collins foi o primeiro membro do congresso a apoiar publicamente Donald Trump para a presidência.
Também polémico é o indulto a quatro mercenários do grupo Blackwater, que foram condenados pelo homicídio de civis no Iraque.
Esta não é a primeira vez que um Presidente utiliza o seu poder de conceder indultos e comutações para beneficiar amigos e aliados. Bill Clinton, por exemplo, fê-lo em mais do que uma ocasião.
O campeão dos indultos, contudo, é Barack Obama, que concedeu centenas só nos seus últimos dias na Casa Branca, mas visou sobretudo pessoas que tinham sido condenadas ao que ele considerava serem penas demasiado pesadas e evitou indultar pessoas presas por crimes ligados à política.