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Comissária europeia dos Transportes critica atitude da França sobre camionistas

24 dez, 2020 - 07:36 • Redação com Lusa

Governo francês reabriu fronteiras, mas exige teste negativo à Covid-19 para deixar passar camionistas. Adina Valean diz que medida contraria recomendações da Comissão Europeia.

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A comissária europeia dos Transportes teceu críticas à França por exigir um teste negativo à Covid-19 aos camionistas presos à entrada do Canal da Mancha. Medida que vai contra as recomendações da Comissão Europeia (CE).

"Deploro que a França tenho ido contra as nossas recomendações e que nos tenha devolvido à situação em que estávamos em março, quando foram interrompidas as cadeias de fornecimento", escreveu Adina Valean, no Twitter.

O tráfego de camiões entre o Reino Unido e França foi suspenso durante 48 horas, face ao surgimento da nova estirpe do vírus SARS-CoV-2, detetada em território britânico e que pode ser até 70% mais contagiosa.

A proliferação desta estirpe do novo coronavírus poderá significar mais medidas de restrição e confinamento, decisões que poderão atrasar ainda mais a recuperação económica das nações da União Europeia (UE).

Adina Valean admitiu estar "satisfeita" com as notícias de que alguns camionistas começaram a atravessar a fronteira entre França e Reino Unido e agradeceu às autoridades britânicas pela capacidade de testagem de 300 pessoas por hora.

Ainda assim, apelou a que todos os Estados-membros da UE "respondam rapidamente" ao pedido da CE de "relaxar as regras de condução e tempos de descanso", assim como a não imposição de restrições fronteiriças "para que os condutores possam voltar para as suas famílias no Natal".

Cerca de 10.000 camiões cruzam a fronteira entre o Reino Unido e França por esta altura do ano, para transportar, principalmente, produtos alimentares e outros relacionadas com as festividades.

Vários camionistas protestaram contra o encerramento da fronteira e envolveram-se em confrontos com a polícia britânica, frustrados com as horas de viagem que ainda tinham pela frente a ideia, cada vez mais presente, de que poderia não estar em casa a tempo do Natal.

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