26 dez, 2020 - 17:03 • Lusa
Médicos e profissionais de saúde húngaros começaram hoje a ser vacinados, na sequência da chegada dos primeiros carregamentos da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech, contrariando os planos de vacinação coordenada da União Europeia (UE), que arranca no domingo.
Segundo a agência Associated Press (AP), não se conhecem os motivos que levaram a Hungria a iniciar a vacinação um dia antes do previsto para todos os Estados-membros da UE, que receberam as primeiras remessas de vacinas hoje e na sexta-feira.
As autoridades da Eslováquia também anunciaram que planeiam começar a administrar as suas primeiras doses esta noite.
Num vídeo divulgado aquando do lançamento da vacina, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou que este é "um momento comovente de unidade".
“Hoje, começamos a virar a página de um ano difícil. A vacina contra a covid-19 foi distribuída em todos os países da UE. A vacinação começará amanhã [domingo] em toda a UE ", disse a responsável.
A Hungria recebeu esta manhã a primeira remessa de 9.750 doses - o suficiente para vacinar 4.875 pessoas, já que são necessárias duas doses por pessoa – que foram, de seguida, encaminhadas para o Hospital Central South Pest, em Budapeste.
O governo húngaro disse que quatro outros hospitais, dois em Budapeste e outros nas cidades de Debrecen e Nyiregyhaza, também receberão vacinas do primeiro carregamento.
As vacinas desenvolvidas pela BioNTech e pela Pfizer começaram a chegar aos países da UE na sexta-feira, em camiões que garantem a manutenção de uma temperatura extremamente baixa, provenientes de um centro de produção na Bélgica.
“Este foi um ano extraordinariamente difícil e dur(...)
O lançamento da vacina resulta da coordenação de todos os 27 Estados-membros da UE, contribuindo, também, para a projeção de uma imagem de unidade, após negociações difíceis em torno de um acordo comercial pós-Brexit com o Reino Unido.
As primeiras doses, no entanto, são limitadas a pouco menos de 10.000, na maioria dos países, com os programas de vacinação em massa previstos para arrancar apenas em janeiro.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.750.780 mortos resultantes de mais de 79,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (71.359 mortos, mais 2 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (70.195 mortos, mais de 2,2 milhões de casos), França (62.427 mortos, e mais de 2,5 milhões de casos) e Espanha (49.824 mortos, mais de 1,8 milhões de casos).
Portugal contabiliza 6.556 mortos em 392.996 casos de infeção.