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Covid-19

ECDC. Pressão sobre os sistemas de saúde deve aumentar nas próximas semanas

29 dez, 2020 - 14:46 • Joana Gonçalves

Em causa estão os encotros durante a época festiva e as novas variantes em circulação. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças adianta que a probabilidade de introdução e disseminação de novas estirpes do SAR-CoV-2 na União Europeia é alta.

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O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) avançou, esta terça-feira, que a probabilidade das novas variantes do SARS-CoV-2, com origem no Reino Unido e na África do Sul, serem introduzidas e disseminadas na União Europeia “é atualmente alta”.

A informação foi divulgada na mais recente avaliação de risco da autoridade europeia. “ Embora não haja informações de que a infecção provocada pelas novas variantes seja mais grave, devido ao aumento da transmissibilidade, o impacto da Covid-19 em termos de hospitalizações e mortes é avaliado como alto”, lê-se no mesmo relatório.

Mesmo que as atuais medidas de saúde pública se mantenham, a probabilidade do aumento da pressão sobre os sistemas de saúde nas próximas semanas é alta, “devido à época festiva”. O cenário piora em países onde as novas variantes estão estabelecidas.

Análises preliminares revelam que as novas variantes, detetadas inicialmente no Reino Unido e na África do Sul, aumentaram a capacidade de transmissibilidade em comparação com as estirpes anteriormente conhecidas, mas não foram identificados aumentos na gravidade da infecção.

O ECDC aponta, ainda, cinco estratégias para atrasar a introdução e disseminação de uma nova variante:

  1. Realizar o sequenciamento direcionado e representativo dos casos da comunidade para detectar precocemente e monitorizar a incidência da variante;
  2. Aumentar o acompanhamento e a testagem de pessoas com ligações epidemiológicas a áreas com incidência significativamente maior da variante e sequenciar estas amostras;
  3. Melhorar o rastreamento de contatos direcionado e o isolamento de casos suspeitos e confirmados da variante;
  4. Alertar as pessoas que vêm de áreas com incidência significativamente maior da variante para a necessidade de cumprirem o período de quarentena, fazerem o teste e se auto-isolarem-se, se desenvolverem sintomas;
  5. Recomendar que se evitem todas as viagens não essenciais, em particular para áreas com uma incidência significativamente mais alta da variante.

Embora a médio prazo a vacinação contribua para a contenção das novas variantes, estas cinco medidas imediatas são essenciais, até que as doses da vacina estejam disponíveis em número suficiente e tenham demonstrado um efeito atenuante na disseminação do vírus.

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