30 dez, 2020 - 08:17 • João Cunha
Quase dois anos depois do ciclone Idai, Moçambique enfrenta uma nova tempestade, agora chamada Chalane. Chegou à cidade da Beira (província de Sofala) na noite de terça-feira e desde o início da madrugada que se faz sentir com intensidade.
Há casas já afetadas pelo mau tempo e a energia elétrica falhou, revela à Renascença José Muxina, um taxista da Beira.
“O mau tempo começou às zero horas, até agora”, diz. “Mau tempo com chuvas fortes”, acrescenta para dizer que “ninguém está a circular” nas ruas” e algumas “casas já sofreram” danos “e não temos corrente elétrica”.
A população está a ser aconselhada pelas autoridades a ficar em casa até às 14h00, que é quando a tempestade Chalane deverá abrandar e passar. São ainda aconselhadas a evitar lugares considerados de risco. Algumas escolas foram transformadas em abrigos.
As províncias de Zambézia e Sofala, no centro do país, estão com aviso vermelho da meteorologia. As autoridades locais indicam que perto de quatro milhões de pessoas poderão ser afetadas pelo mau tempo.
Moçambique está em alerta, mas, até agora, não há registo de ocorrências graves, diz Dinis Chembene, da associação organização não-governamental Oikos, à Renascença.
“Ainda não há danos avultados. A situação está sob controlo”, considera, apesar dos “ventos fortes”, que, segundo as previsões podem chegar aos 90 quilómetros/hora.