02 jan, 2021 - 17:18 • Lusa
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O Reino Unido registou 57.725 casos de Covid-19 em 24 horas, o número mais elevado no país desde o início da pandemia, indicou o Ministério da Saúde britânico, este sábado.
Segundo os últimos dados oficiais divulgados, houve 445 mortes ligadas à Covid-19, menos do que as 613 comunicadas no dia anterior. O número de novos contágios mantém-se acima dos 50 mil há cinco dias consecutivos.
O total de infeções no Reino Unido desde o princípio desta crise sanitária ascende agora a 2.599.789 e o número de mortos é de 74.570.
Os especialistas consideram que estes níveis alarmantes de casos se devem ao aparecimento de uma nova variante do vírus, mais contagiosa, que levou a um aumento das restrições para o nível máximo em grande parte do território.
A grave situação ameaça sobrelotar os hospitais, alertam os peritos, numa altura em que escolas secundárias, universidades e muitas instituições do ensino primário atrasam o regresso às aulas para 18 de janeiro, quando estava previsto que as férias de Natal terminassem na segunda-feira.
O presidente da Ordem dos Médicos britânica, Andrew Goddard, alertou em declarações à BBC, este sábado, que o Natal e a nova variante do coronavírus terão "um grande impacto" nas próximas semanas na propagação do vírus no Reino Unido.
A partir de segunda-feira, o Reino Unido poderá contar com duas vacinas para enfrentar a crise sanitária, após ter sido aprovada pelos reguladores na semana passada a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, que se junta à da Pfizer/BioNTech.
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A instituição de saúde britânica Public Health England (PHE) desaconselhou, este sábado, a mistura de vacinas provenientes de fabricantes diferentes salvo em raras ocasiões, dois dias antes do lançamento generalizado do programa de vacinação no país.
De acordo com a agência espanhola de notícias, a Efe, a advertência deste organismo de saúde britânico chega dois dias antes da aceleração do programa nacional de imunização, com a introdução de uma segunda vacina contra o novo coronavírus, da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, aprovada recentemente pelos reguladores britânicos.
Esta vacina poderá começar a ser utilizada juntamente com a da Pfizer/BioNTech, anteriormente autorizada, que começou a ser administrada à população em dezembro.
Numa série de recomendações divulgadas na véspera de Ano Novo pelo Governo aos profissionais de saúde do National Health Service, o equivalente britânico ao Serviço Nacional de Saúde, era indicado que se uma pessoa já tinha recebido uma primeira injeção das duas doses requeridas, e a segunda não estava disponível, era "razoável" oferecer-se uma dose de outra vacina.
"Esta opção é preferível se for provável que o indivíduo venha a estar exposto a um elevado risco imediato ou se for considerado improvável o seu regresso", dizia-se então.
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No seguimento das dúvidas levantadas nos últimos dias sobre os riscos desta opção, a responsável pelo programa de vacinação do Reino Unido, Mary Ramsay, explicou hoje ao canal britânico Sky News que "misturar" as duas vacinas não é recomendável e só deveria ser feito "em raras ocasiões".
"Não recomendamos misturar as vacinas contra a Covid-19; se a primeira dose da vacina é da Pfizer, não se deveria dar a da AstraZeneca na segunda dose e vice-versa", disse a responsável, acrescentando, no entanto, que "pode haver ocasiões extremamente raras onde não está disponível o mesmo tipo de vacina, ou que não se conheça a vacina dada ao doente na primeira dose".
Nestes casos, admitiu, é preferível "dar uma segunda dose de uma vacina diferente do que não dar nenhuma".
A vacina da Oxford/AstraZeneca é composta por duas doses completas com um intervalo de 12 semanas, e precisa de uma refrigeração normal, entre 2 a 8 graus centígrados, transportando-se com facilidade face à maior dificuldade logística da vacina da Pfizer, que precisa de ser conservada a 70 graus negativos.
O total de infeções no Reino Unido desde o princípio desta crise sanitária ascende agora a 2.599.789 e o número de mortos é de 74.570.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.827.565 mortos resultantes de mais de 83,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.