04 jan, 2021 - 06:40 • Redação com agências
O presidente da Venezuela voltou a acusar vários países, entre os quais Portugal, de reterem recursos que previa investir em medicamentos e alimentos para os venezuelanos. Desta vez, o dinheiro seria gasto em vacinas para a Covid-19.
“Nós temos feito das tripas coração, porque os recursos para comprar a vacina estão congelados e roubados por instituições bancárias em Inglaterra, Portugal, Espanha e Estados Unidos”, disse Nicolás Maduro, durante um balanço semanal sobre a luta contra a Covid-19.
“Reclamámos para que nos entreguem o dinheiro para comprar a vacina, através da Organização Mundial de Saúde, e negaram. Por isso, faço esta denúncia”, sublinhou.
No entanto, Maduro reiterou que o governo venezuelano vai dispor, no primeiro trimestre do ano, de dez milhões de doses da vacina Sputnik V, na sequência da assinatura de um contrato com a Rússia no início da passada semana.
“A vacina russa não está bloqueada, conseguimos usar recursos e pagar com facilidades dadas pela Rússia, isso é ser um verdadeiro amigo da Venezuela.”
Já por várias vezes, o presidente exortou o Governo português a desbloquear os ativos do Estado venezuelano retidos no Novo Banco - ao todo, cerca de 1,5 mil milhões de euros.
Portugal, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido integram o grupo de meia centena de países que não reconhecem a legitimidade de Maduro como presidente venezuelano, por questionarem os resultados das eleições de maio de 2018, nas quais o líder socialista foi reeleito.
Até agora, o país registou 114. 230 mil casos e 1.034 óbitos devido ao novo coronavírus.