05 jan, 2021 - 20:56 • Lusa
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A Dinamarca anunciou esta terça-feira o aumento das restrições, pedindo à população para evitar os contactos sociais, para preservar o sistema de saúde face à multiplicação de casos ligados à variante britânica do novo coronavírus.
“Fiquem em casa o mais possível, evitem encontrar-se com pessoas sem ser os familiares”, apelou a primeira-ministra dinamarquesa, Mete Frederiksen, numa conferência de imprensa.
“Cada um de nós deve refletir quando passa a porta de casa”, disse, por seu turno, o chefe da polícia nacional, Thorkild Fodge.
O país está em semi-confinamento desde meados de dezembro e a partir de 06 de janeiro será proibida a reunião de mais de cinco pessoas (eram permitidas 10), quer no domicílio quer no exterior, passando a distância a respeitar entre as pessoas de um para dois metros.
Se houver condições, estas medidas – e as já em vigor, como o teletrabalho generalizado e o encerramento das escolas e lojas não essenciais – serão levantadas a partir de 17 de janeiro, mas Frederiksen alertou para a possibilidade de serem estendidas ou mesmo reforçadas.
“Podem já preparar-se para isso”, disse, afirmando que o recolher obrigatório é “o último recurso”.
As creches e jardins-de-infância continuam a funcionar.
Considerada boa aluna na gestão da pandemia, a Dinamarca está preocupada com a circulação da nova variante do vírus, que, segundo as autoridades britânicas, será 74% mais contagiosa. Já foram registados 86 casos no país, mas a proporção duplica a cada semana.
Na segunda-feira, a Agência Nacional de Saúde anunciou pretender espaçar até seis semanas as duas doses da vacina contra o novo coronavírus, permitindo assim que mais pessoas recebessem uma primeira injeção. Desde o início da campanha de imunização a 27 de dezembro já foram vacinadas 51.512 pessoas no país.
A Dinamarca continental, com 5,8 milhões de habitantes, conta com um total de 172.779 casos, incluindo 1.420 mortos.
A pandemia de Covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France-Presse.