05 jan, 2021 - 20:09 • Lusa
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou esta terça-feira aos governos para trabalharem em conjunto para garantir uma distribuição equitativa das vacinas contra a Covid-19, alertando que o mundo continua “numa corrida para salvar vidas”.
“Apelo a todos os governos a trabalharem em conjunto no sentido de uma distribuição equitativa” das vacinas a nível global, salientou Tedros Adhanom Ghebreyesus, na primeira conferência de imprensa de 2021 da OMS sobre a pandemia.
Após a reunião extraordinária do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE), o responsável da OMS apelou também aos grupos farmacêuticos para reforçarem a sua produção de vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, tendo em conta a iniciativa global Covax, destinada a fazer chegar vacinas aos países mais pobres.
“Estamos numa corrida para prevenir infeções, baixar o número de casos, proteger sistemas de saúde e salvar vidas, enquanto estão a ser lançadas vacinas seguras”, referiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertando que a pandemia “continua a ser uma enorme crise de saúde pública”.
Apesar de vários países já terem iniciado a vacinação, o diretor-geral da OMS referiu que, em determinados países, o número de casos da doença é tão elevado que hospitais e unidades de cuidados intensivos estão a “chegar a níveis perigosos”.
“Apelamos a todos os países para reforçarem os testes e a sequenciação do vírus para podermos monitorizar e responder eficazmente a qualquer alteração”, disse.
O responsável disse ainda que a OMS recomenda que as vacinas da Pfizer e da BioNTech sejam administradas em duas doses, com espaçamento de 21 a 28 dias.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.286 pessoas dos 436.579 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.