09 jan, 2021 - 11:30 • com Reuters
Duas pessoas morreram em Espanha devido à tempestade Filomena, que trouxe a maior quede de neve a Madrid em décadas.
Segundo as autoridades espanholas, uma das vítimas mortais é uma mulher que ficou presa dentro do seu carro quando um rio transbordou perto de Málaga, sul de Espanha. A outra vítima é um sem-abrigo que congelou até à morte na cidade de Calatayud, no nordeste do país.
As autoridades resgataram vários condutores presos na neve nas estradas à volta de Madrid. "Continuamos o resgate de veículos na A4, A5, M40 e M607", twittou a Unidade de Emergências Militares, que destacou 147 soldados para o efeito.
O chefe do serviço de emergência da região de Madrid, Carlos Novillo, apelou para que a população não saísse de carro.
"Temos trabalhado intensamente. Resgatámos 1.000 veículos. Pedimos paciência, vamos chegar a todos vós", disse.
O aeroporto de Madrid foi fechado e a Gran Via, normalmente uma das ruas mais movimentadas da capital, transformou-se numa pista de ski.
"Vamos evitar viajar e seguir as instruções dos serviços de emergência", disse o primeiro-ministro Pedro Sanchez. "Temos de ser extremamente cuidadosos face à tempestade Filomena".
Segundo a Aena, que controla os aeroportos do país, o aeroporto de Barajas, em Madrid, que fechou na sexta-feira à noite, permanecerá fechado durante o dia de sábado. Segundo a empresa, pelo menos 50 voos para Madrid, Málaga, Tenerife e Ceuta, um território espanhol no Norte de África, foram cancelados.
Segundo a Agência Estatal de Metereologia espanhola, esta foi a maior queda de neve em Madrid desde 1971. Já José Miguel Viñas, um metereólogo da Rádio Nacional Espanhola, considera-a a maior queda de neve desde 1963, já que caíram entre 25 cm e 50 cm de neve na capital espanhola.