11 jan, 2021 - 06:59 • Marisa Gonçalves , Sofia Freitas Moreira com agências
Nos Estados Unidos, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, anuncia que vai avançar com legislação para um novo processo de destituição contra o Presidente cessante Donald Trump.
Numa carta aos congressistas, Pelosi escreve que vai ser pedido ao Vice-presidente, Mike Pence, que seja ativada a 25.ª emenda da Constituição norte-americana para declarar o Presidente “incapaz de executar os deveres do seu cargo". Foi pedido a Pence que respondesse "dentro de 24 horas".
Acrescenta ainda que, caso isso não aconteça, será então "levada à discussão a legislação de destituição", indicando que espera uma votação na resolução já na próxima terça-feira.
"Na proteção da nossa Constituição e da nossa democracia, vamos agir com urgência, porque este Presidente representa uma ameaça iminente a ambas", lê-se na carta redigida por Pelosi. "Com o passar dos dias, o horror do ataque contínuo à nossa democracia cometido por este Presidente intensifica-se, tal como a necessidade imediata de agir".
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As ações da presidente da Câmara dos Representantes são um ultimato oficial a Pence, que já tinha dito que era contra a ideia.
O vice-Presidente terá duas opções, segundo Pelosi: ou usa o seu poder perante a Constituição para forçar a saída de Donald Trump, ao declarar a sua incapacidade para governar, ou faz com que o Presidente cessante seja o primeiro na história norte-americana a enfrentar um processo de destituição duas vezes.
É mais um desenvolvimento na sequência da invasão do Capitólio, que fez cinco vítimas mortais e onde mais de 50 pessoas foram detidas.
De acordo com uma sondagem Reuters/Ipsos, 57% dos norte-americanos dizem-se favoráveis à destituição imediata de Donald Trump, 70% reprovam os episódios violentos levados a cabo pelos apoiantes de Donald Trump e 68% censuram a ação do Presidente cessante, na sequência dos acontecimentos do Capitólio.
Entretanto, a presidente da Câmara de Washington pede ao departamento de segurança interna que tome várias medidas para reforçar a segurança na cidade, no período que abrange a tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden.
A agência Associated Press divulga imagens de pessoas numa fila para comprar armas e munições numa loja do estado de Utah, na região oeste do país, onde a venda de armas disparou nos dias que se seguiram à invasão ao Capitólio.
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