11 jan, 2021 - 17:57 • Redação com Reuters
O FBI sabe que estão a ser planeados protestos armados na capital norte-americana, Washington D.C., e nas capitais dos 50 estados da federação, a poucos dias da tomada de posse de Joe Biden como 46.º Presidente dos EUA.
A notícia foi avançada esta segunda-feira por um jornalista da ABC News no Twitter, citando um documento da principal agência de segurança interna dos EUA, a que teve acesso.
"Protestos armados estão a ser planeados frente aos capitólios dos 50 estados de 16 de janeiro até pelo menos 20 de janeiro e no Capitólio dos EUA de 17 de janeiro a 20 de janeiro", indicou Aaron Katersky.
Citando o mesmo documento, o jornalista adianta num outro tweet que "o FBI recebeu informações sobre um grupo armado já identificado que pretende viajar até Washington D.C. a 16 de janeiro" e que "já avisou o Congresso que as tentativas para remover o Presidente [Donald Trump] do poder através da 25.ª emenda terá como resposta uma enorme revolta".
Também esta segunda-feira, o diretor da Guarda Nacional anunciou que até 15 mil tropas serão destacadas para Washington para apoiar a tomada de posse de Joe Biden a 20 de janeiro.
Aos jornalistas, o general Daniel Hokanson adiantou que espera ter cerca de 10 mil agentes na cidade até ao próximo sábado, 16 de janeiro, com o objetivo de reforçar a segurança do local e apoiar na logística e comunicações.
A nove dias de Donald Trump abandonar o poder, o Serviço de Parques Nacionais anunciou que o Monumento de Washington estará encerrado a partir de hoje e até 24 de janeiro face a "contínuas ameaças" de grupos ligados à invasão do Capitólio na semana passada.
Em comunicado divulgado no seu site, o departamento indicou que decidiu "suspender todas as visitas ao Monumento de Washington de 11 de janeiro até 21 de janeiro" e adiantou que pondera mais restrições "para proteger a segurança pública e os recursos dos parques".
Esta segunda-feira, os democratas da Câmara dos Representantes avançaram com um novo processo de destituição contra Donald Trump por "incitamento à insurreição", na sequência dos acontecimentos no Capitólio federal a 6 de janeiro.