13 jan, 2021 - 16:13 • Reuters
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que o seu Governo está a avaliar opções para travar a chegada ao Reino Unido de uma nova variante do coronavírus detetada no Brasil.
"Estamos preocupados com a nova variante brasileira e estamos a dar passos [no sentido de proteger o país]. Penso que é justo dizer que há várias questões ainda por responder sobre esta variante", declarou o chefe do Governo aos deputados esta quarta-feira.
Entre as dúvidas por esclarecer inclui-se se esta nova estirpe brasileira é resistente às vacinas. O mesmo ainda não foi apurado em relação à estirpe sul-africana.
Boris Johnson respondia a uma pergunta do antigo ministro da Saúde Jeremy Hunt, que referiu que a nova estirpe terá sido discutida na terça-feira pelo Grupo de Aconselhamento sobre Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (Nervtag), o grupo de cientistas que aconselham o Governo a propósito da pandemia de Covid-19.
Covid-19
A nova estirpe é distinta das identificadas no Rei(...)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o maior centro de investigação médica da América Latina, confirmou na terça-feira a identificação e circulação de uma nova estirpe do novo coronavírus originária do estado brasileiro do Amazonas.
Esta semana, o Ministério da Saúde do Brasil já tinha confirmado que o Japão identificou em quatro viajantes provenientes do Brasil a nova estirpe, que possui 12 mutações, incluindo a mesma encontrada em variantes já identificadas no Reino Unido e África do Sul, o que implica um maior potencial de transmissão do vírus.
A identificação de uma nova estirpe mais infecciosa no sul de Inglaterra levou o Governo britânico a impor restrições mais duras antes do Natal e dezenas de países a suspenderem voos a partir do Reino Unido ou a exigir testes antes do embarque.
Em 24 de dezembro foi a vez de o Reino Unido proibir voos diretos com a África do Sul e a entrada de passageiros que tenham estado no país africano nos 10 dias anteriores devido ao risco apresentado por uma nova estirpe do SARS-CoV-2 identificada pelos cientistas sul-africanos, também considerada altamente infecciosa.
Na semana passada, estas restrições foram alargadas a vários países africanos, como Angola e Moçambique, por terem ligações com a África do Sul.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
[atualizado às 17h05]