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Crise política

Itália. Perdida a maioria, Conte vai em busca de voto de confiança no Parlamento

14 jan, 2021 - 21:57 • Redação com Reuters

Saída de dois ministros do partido de Matteo Renzi deixa Giuseppe Conte a lutar pela sobrevivência política.

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O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, resistiu aos apelos para renunciar ao cargo esta quinta-feira, depois do “Itália Viva”, um dos partidos da coligação que lidera, ter abandonado a maioria parlamentar que sustenta o Governo.

Em vez disso, Conte sinalizou que quer levar a luta pela sobrevivência ao Parlamento, com os seus principais parceiros de coligação, apoiando os planos de tentar encontrar os chamados legisladores "responsáveis" para apoiar o governo.

Com a crise política como pano de fundo, o chefe do Executivo italiano vai discursar no Parlamento, na próxima segunda-feira, numa sessão que será seguido por um voto de confiança que será determinante para a sua continuidade.

Caso sobreviva a essa votação, Giuseppe Conte enfrenta, no dia seguinte, um segundo teste, ainda mais difícil, no Senado da Câmara Alta, onde as perspetivas de juntar uma maioria parece mais difícil.

"As maiorias de Governo são reunidas no Parlamento, abertamente, à luz do dia e sem vergonha. Isso é o que vamos fazer agora”, sublinhou Dario Franceschini, ministro da Cultura e uma das figuras de topo do no Partido Democrático (PD).

O antigo primeiro-ministro Matteo Renzi mergulhou o país no caos político na quarta-feira, quando retirou seus dois ministros do gabinete, apresentando uma longa lista de queixas sobre a forma como Giuseppe Conte lidou com a emergência de saúde e a economia.

Renzi deixou aberta a porta para retornar à maioria, desde que seja possível fechar um novo pacto político, mas os seus antigos parceiros não se mostraram recetivos à ideia.

"Não podemos voltar à mesa de negociações com ele", disse Vito Crimi, líder do Movimento 5 Estrelas.

Também o ministro da Economia, Roberto Gualteri, em declarações à cadeia de televisão RAI, defendeu que "abrir uma crise no governo foi um ato de irresponsabilidade sem precedentes".

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