16 jan, 2021 - 23:21 • Redação com Lusa
A polícia do Capitólio deteve na sexta-feira um homem que tentou entrar no perímetro cercado do centro de Washington, nos Estados Unidos, com uma acreditação "não-autorizada", pelo menos uma arma não registada e mais de 500 balas.
A notícia desta detenção, avançada pela estação de televisão norte-americana CNN e pelo "New York Times", aconteceu a poucos dias da investidura do Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, marcada para quarta-feira.
De acordo com a CNN, a detenção ocorreu às 18:30 locais de sexta-feira (23:30 em Lisboa), quando o homem se aproximou de um dos pontos de controlo policial perto do Capitólio, um dos muitos criados ao longo do perímetro de segurança que impede a entrada no centro da capital dos Estados Unidos.
O homem, residente em Front Royal, no estado da Virginia, apresentou aos polícias uma acreditação para aceder ao perímetro de segurança que "não é autorizada pelo Governo", de acordo com fontes ao NYT.
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Quando os agentes lhe perguntaram se levava armas, o homem respondeu que tinha uma pistola semiautomática Glock, que estava carregada com 17 balas.
Depois da detenção, a polícia apreendeu a arma, mais 509 balas, 21 cartuchos de espingarda e um carregador para a pistola no camião do suspeito, de acordo com um relatório policial a que a televisão e o jornal nova-iorquino tiveram acesso.
O homem, um empreiteiro identificado como Wesley Beeler, de 31 anos, foi indiciado de cinco crimes, incluindo posse de uma arma e munições em Washington sem o registo adequado.
Os documentos já entregues no tribunal e o relatório do incidente feito pela polícia metropolitana de D.C. não explicam porque é que o homem tentou aceder a uma área restrita do Capitólio, nem fornecem mais detalhes sobre a credencial usada.
Paul Beeler, pai do detido, diz que o filho começou recentemente a trabalhar como segurança na área do Capitólio e que teve outros trabalhos enquanto segurança privada ao longo dos anos. "Ele estava orgulhoso do trabalho que estava a fazer com a polícia e a Guarda Nacional", indicou ao NYT.
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Washington e as capitais dos 50 estados dos EUA estão em alerta máximo este fim-de-semana, depois de o FBI ter indicado ter informação sobre “protestos armados” previstos entre hoje e quarta-feira.
Pistas nas redes sociais apontavam para a possibilidade de um segundo assalto ao Congresso, bem como a outros edifícios estatais das capitais.
Em 06 de janeiro, milhares de apoiantes do Presidente cessante, Donald Trump, e simpatizantes da extrema-direita invadiram o Capitólio, que alberga o Senado e Câmara dos Representantes, que nesse dia reuniam para o último passo da confirmação de Joe Biden como Presidente.
Cinco pessoas morreram nos confrontos que se seguiram a esta invasão, incluindo um agente da polícia do Capitólio.
Na sexta-feira, o Pentágono anunciou ter autorizado a deslocação de mais de 25 mil militares para as ruas de Washington, para a proteção de várias zonas, principalmente do National Mall, onde se reúnem os pontos mais importantes da política norte-americana, incluindo a Casa Branca, o Capitólio e outros monumentos emblemáticos.