Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Pandemia de Covid-19

Bruxelas pede que Estados-membros vacinem 70% da população adulta até ao verão

19 jan, 2021 - 16:45 • Lusa

“Até março de 2021, pelo menos 80% da população com uma idade superior a 80 anos, e 80% dos profissionais de saúde, devem ter sido vacinados" contra a Covid-19, pede ainda a Comissão Europeia.

A+ / A-

Veja também:


A Comissão Europeia apelou esta terça-feira a que os Estados-membros vacinem 80% da população com mais de 80 anos até março e 70% da população adulta da União Europeia (UE) até ao verão.

“O nosso objetivo é termos 70% da nossa população adulta vacinada até ao verão. Seria um ponto de viragem na nossa luta contra este vírus”, referiu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado.

A recomendação surge num documento publicado pela Comissão Europeia dois dias antes da reunião por videoconferência dos líderes dos Estados-membros, que irão debater uma resposta coordenada europeia para a atual vaga de Covid-19, e propõe um conjunto de ações a serem adotadas pelos Estados-membros para “aumentar a luta contra a pandemia”.

Entre as ações pedidas aos Estados-membros, o executivo comunitário destaca que, “até março de 2021, pelo menos 80% da população com uma idade superior a 80 anos, e 80% dos profissionais de saúde, devem ter sido vacinados em todos os Estados-membros”.

Já no que se refere ao resto da população, a Comissão apela também a que “até ao verão de 2021, os Estados-membros já tenham vacinado um mínimo de 70% da população adulta”.

Em conferência de imprensa de apresentação do documento, o comissário para a Promoção do Modo de Vida Europeu, Margaritis Schinas, referiu que estas metas são necessárias para um “esforço de vacinação ambicioso”.

“Para conseguirmos atingir este objetivo, temos de aumentar o fornecimento de vacinas, nomeadamente ao trabalharmos com os fornecedores para aumentarmos a capacidade de produção na UE”, referiu Schinas.

A Comissão pede também que os Estados-membros cheguem a uma posição comum sobre certificados de vacinação mutuamente reconhecidos até ao final deste mês, de maneira a que estes possam ser “rapidamente utilizados nos sistemas de saúde de toda a UE”.

Sobre este aspeto, Schinas, referiu que os certificados têm “uma importância crucial” porque “permitem um registo claro do historial de vacinação de cada pessoa que permita o seguimento médico mais adequado”.

“Uma abordagem comum europeia a certificados fiáveis e verificáveis iria permitir que as pessoas usem os seus registos em outros Estados-membros e também abriria a porta para outras utilizações que permitiriam o aligeiramento das restrições”, destacou Schinas.

No que se refere a viagens, o executivo comunitário destaca também a necessidade de se “preservar o mercado único e a livre circulação de pessoas”, mas refere que “as viagens não-essenciais devem ser fortemente desencorajadas” e que “restrições de viagens proporcionais, como o teste a viajantes, devem manter-se”.

É ainda recomendando que, devido à emergência de novas variantes da Covid-19, os Estados-membros “expandam a utilização de testes rápidos de antigénio” e atualizem as suas estratégias de testagem.

“Os Estados-membros devem urgentemente aumentar a sequenciação do genoma de pelo menos 5%, e preferencialmente 10%, dos resultados positivos de teste. Atualmente, muitos Estados-membros estão a tentar menos de 1% das amostras, o que não é suficiente para identificar a progressão das novas variantes do vírus ou detetar novas”, refere o executivo comunitário.

No que se refere ao fornecimento de vacinas a países terceiros, a Comissão salienta ainda que irá criar um mecanismo para “estruturar o fornecimento de vacinas partilhadas pelos Estados-membros com parceiros”.

“Isto deverá permitir a partilha do acesso com parceiros a algumas das 2,3 mil milhões doses de vacines adquiridas através da Estratégia de Vacinas da UE, com especial atenção para os Balcãs Ocidentais, a nossa vizinhança do Leste e do Sul, e África”, refere o executivo.

Tudo isto, segundo a comissária para a Saúde, Stella Kyriakides, permitirá que a UE “comece a ver o fim do início” e entre “no início do fim” da pandemia.

“Nas próximas semanas, enfrentaremos grandes desafios, e a nossa unidade será a nossa força. O ano passado, mostra-nos isto com muita clareza”, sublinhou a comissária.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    19 jan, 2021 Lisboa 20:06
    Duvido muito que consigam esses números com o açambarcamento de vacinas existente por parte das grandes e ricas potências, e das falhas no fornecimento de que a Pfizer é já exemplo. A menos que quebrem a patente e ponham todos os laboratórios do Mundo com capacidade para tal, a fabricar essas vacinas, duvido que se consigam esses números

Destaques V+