21 jan, 2021 - 23:41 • Lusa
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Face ao avanço da pandemia, a presidente da Comissão Europeia apela a que se façam apenas viagens essenciais. Ursula Von der Leyen anunciou que a UE vai obrigar os passageiros de zonas muito perigosas a apresentar teste negativo.
“Decidimos manter as fronteiras internas abertas, mas precisamos de medidas direcionadas”, anunciou a responsável europeia falando em conferência de imprensa após ter participado numa reunião por videoconferência com os chefes de Estado e de Governo da UE.
Na ocasião foi, então, decidido “refinar o mapa” que retrata a situação epidemiológica da Covid-19 na UE, o que implica criar “novas áreas de risco” e, assim, introduzir as “zonas vermelho escuro”, explicou a responsável à imprensa, falando junto ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Isto significa que “as pessoas que viajam de zonas vermelho escuro podem ter de fazer testes antes de viajar e depois fazer quarentena” quando chegarem ao destino, precisou a líder do executivo comunitário.
Aquele que é um sistema de semáforos sobre a propagação da Covid-19 na UE, começa no verde (situação favorável) e chegará até ao vermelho escuro (situação muito perigosa), já superior ao máximo atual, o vermelho.
“Passaremos a trabalhar com base neste sistema de zonas”, apontou Ursula von der Leyen, notando que esta é uma “abordagem comum” que pode evitar situações como a suspensão de viagens e garantir o pleno funcionamento do mercado único.
Ainda assim, eventuais suspensões de viagens são sempre decisões a serem tomadas por cada Estado-membro, como fez Portugal no caso dos voos de e para o Reino Unido.
Já no caso de viagens de países terceiros para a UE, passa a ser sempre exigido “testes antes da partida”, independentemente da região de partida, de acordo com Ursula von der Leyen.
A responsável avisou que “as viagens não essenciais devem ser evitadas ao máximo”, notando que, “por toda a Europa, a situação permanece muito grave”.
“Há razões para esperança por causa da vacina, mas é preciso ter muita cautela por causa das novas variantes” do SARS-CoV-2, apontou a líder do executivo comunitário. E reconheceu: “Estamos cada vez mais preocupados com as novas variantes”.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo.