21 jan, 2021 - 09:40 • Redação com agências
Um duplo ataque suicida matou pelo menos 32 pessoas e feriu mais de 110 num mercado em Bagdad, no Iraque, esta quinta-feira.
Até ao momento, as explosões ainda não foram reivindicadas.
Este tipo de ataques têm sido eventos raros na capital iraquiana desde a derrota do Estado Islâmico, em 2017. A última explosão do género aconteceu há dois anos, em janeiro de 2018.
As forças armadas iraquianas dizem que dois atacantes com coletes armadilhados fizeram-se explodir entre uma multidão de pessoas, num mercado apinhado na Praça Tayaran, no centro da cidade, avança a agência Reuters.
A União Europeia (UE) condenou hoje veementemente o "ataque bárbaro e sem sentido", que provocou dezenas de vítimas mortais, e reiterou o seu "pleno apoio às autoridades iraquianas no combate ao extremismo e terrorismo".
Em comunicado divulgado esta tarde, em Bruxelas, o porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa aponta que a UE "condena veementemente o ataque bárbaro e sem sentido que abalou o centro de Bagdad hoje de manhã, ceifando numerosas vidas e ferindo muitos iraquianos".
"A UE transmite as suas condolências às famílias das vítimas e reitera o seu total apoio às autoridades iraquianas na luta contra o extremismo e o terrorismo. A União Europeia continuará a apoiar firmemente o Iraque e o seu povo em prol da segurança e estabilidade do país", conclui o comunicado do porta-voz do corpo diplomático da UE, liderado por Josep Borrell.
Médicos e agentes da polícia referem que o número de vítimas mortais pode aumentar significativamente porque muitas das vítimas transportadas para os hospitais apresentam ferimentos muito graves.
O Ministério da Saúde anunciou, entretanto, que os hospitais da capital estão mobilizados para receber os feridos.
O major-general Tashin al-Khafaji, porta-voz do Comando de Operações Conjunto do Iraque, que inclui as forças iraquianas, disse que um primeiro atacante começou a dizer aos gritos que se encontrava mal de saúde fazendo com que as pessoas se juntassem à volta dele e nesse momento fez espoletar o engenho explosivo que transportava. Um segundo atacante fez-se explodir pouco depois.
"Isto é um ato terrorista levado a cabo por uma 'célula adormecida' do [grupo extremista] Estado Islâmico", disse al-Khafaji.
[Notícia atualizada às 18h30]