22 jan, 2021 - 00:37 • André Rodrigues com agências
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O Presidente dos EUA, Joe Biden, advertiu esta quinta-feira os americanos que se aproximam dias difíceis no combate à pandemia do novo coronavírus e previu que o número de mortos nos EUA “chegará aos 500 mil no próximo mês”.
“As coisas vão continuar a piorar antes de melhorar”, disse Biden na Casa Branca.
“No ano passado, não pudemos contar com o governo federal para agir com a urgência, o foco e a coordenação de que precisávamos e vimos o custo trágico dessa falha”, frisou o Presidente recém-empossado, numa alusão a mais de 24 milhões de casos Covid-19 e um número de óbitos superior a 408 mil no país, um dos maiores à escala global.
Na apresentação da Estratégia Nacional para a Resposta Covid-19, Joe Biden clarificou tratar-se de uma estratégia “abrangente, baseada na ciência e não na política, baseada na verdade e não na negação”.
O Presidente norte-americano mantém, assim, o tom crítico em relação à atuação de Donald Trump lidou com a pandemia e insistiu que o plano de vacinação da anterior administração se tem revelado "um terrível fracasso”.
Trump tinha estabelecido a meta de vacinar 20 milhões de pessoas antes do final do ano passado, mas até esta quinta-feira tinham sido administradas mais de 17,5 milhões de doeses em todo o país, segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
Entre os objetivos do plano Biden estão a organização de uma campanha de vacinação eficaz para administrar 100 milhões de injeções nos primeiros 100 dias, para “mitigar a disseminação”, o uso obrigatório de máscara em aeroportos e transportes públicos e a reabertura de escolas e empresas em segurança.
Joe Biden assinou também outras ordens executivas visando o aumento da testagem Covid, a resolução das falhas de fornecimento de vacinas, a criação de protocolos para viajantes internacionais e a canalização de recursos para comunidades minoritárias duramente atingidas pelos efeitos da pandemia.
Noutro plano, o Presidente norte-americano reverteu a decisão do seu antecessor de suspender o financiamento à Organização Mundial da Saúde (OMS)
Para o epidemiologista Anthony Fauci, que assume a representação dos EUA na OMS, o regresso do país à organização é um passo “crítico” para ajudar a combater a doença.
“Quando lidamos com uma pandemia, é necessário ter uma ligação global”, afirmou em entrevista à cadeia ABC.