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Rússia. Mais de 2.000 pessoas detidas em manifestações de apoio a Navalny

23 jan, 2021 - 09:33 • Lusa

De Moscovo a Novosibirsk, a equipa do ativista anticorrupção fez apelos para que as pessoas saíssem às ruas em 65 cidades russas para protestarem.

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Mais de 2.000 detidos em protesto na rússia pela libertação de Navalny
Mais de 2.000 detidos em protesto na rússia pela libertação de Navalny

Mais de mil pessoas foram detidas durante manifestações organizadas na Rússia para exigir a libertação do opositor Alexei Navalny, que está em prisão preventiva, apesar das múltiplas ameaças das autoridades contra os protestos.

De Moscovo a Novosibirsk, a equipa do ativista anticorrupção fez apelos para que as pessoas saíssem às ruas em 65 cidades russas para protestarem contra a prisão de Navalny.

As primeiras manifestações ocorreram no Extremo Oriente russo e na Sibéria, onde vários milhares de pessoas tomaram as ruas, principalmente em Vladivostok, Khabarovsk e Tchita, diante de um grande número de polícias antimotim deslocados para os locais dos protestos, de acordo com apoiantes de Navalny.

Um vídeo divulgado pela OVD-info mostrou dezenas de polícias antimotim a correr atrás dos manifestantes em Vladivostok.

Em Moscovo, onde a mobilização da oposição costuma ser mais forte, estão 40 mil manifestantes na Praça Pushkin, que em seguida vão seguir em direção ao Kremlin.

A polícia de Moscovo já prometeu "reprimir sem demora" qualquer reunião não autorizada. O autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, denunciou as manifestações como "inaceitáveis" em meio à pandemia do novo coronavírus.

No Instagram, a esposa de Navalny, Yulia, anunciou a sua intenção de manifestar-se em Moscovo.

A nova Administração norte-americana, liderada pelo Presidente Joe Biden, apelou às autoridades de Moscovo que libertem os manifestantes detidos nos protestos de apoio a Alexei Navalny.

Entre quinta e sexta-feira vários apoiantes de Navalny foram detidos pelas autoridades russas, nomeadamente a porta-voz do ativista, Kira Iarmych, que foi condenada a nove dias de prisão.

Alexei Navalny foi preso em 17 de janeiro ao voltar à Rússia, depois de cinco meses de convalescença na Alemanha devido a um envenenamento, acusado de violar as medidas de controlo judicial (por estar em condicional, relacionada a outro processo na justiça russa) ao sair do país.

Vários instituições e países já apelaram para a libertação imediata do opositor russo.

[notícia atualizada]

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