26 jan, 2021 - 20:09 • Redação
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O total de casos oficiais de Covid-19 em todo o mundo ultrapassou esta terça-feira a barreira dos 100 milhões, pouco mais de um ano depois de um novo coronavírus ter sido detetado em Wuhan, na China.
O número consta da base de dados desenvolvida pelo "New York Times" com recurso a estatísticas e informações oficiais, mas de acordo com os especialistas será bastante inferior ao número real de infeções por Covid-19, sobretudo tendo em conta os problemas de testagem e rastreamento em muitos países, incluindo os Estados Unidos.
Da mesma forma, também o número de mortes -- até agora mais de dois milhões, incluindo mais de 420 mil nos EUA -- deverá ser bastante superior aos dados oficiais.
Apesar dos confinamentos, distanciamento social e outras medidas, o aumento de casos parece ter acelerado nos últimos meses, numa altura em que são detetadas novas variantes da Covid-19 mais contagiosas.
O número total de infetados a nível mundial tinha ultrapassado os 25 milhões no final de agosto; em meados de novembro, esse número já tinha duplicado. Agora, levou menos de três meses até voltar a duplicar, passando esta semana a barreira dos 100 milhões de casos.
O marco cumpre-se num momento de esperança mas também de preocupação. Depois de muitos países terem arrancado com as suas campanhas de vacinação contra a Covid-19 em dezembro, há neste momento atrasos nas entregas dessas vacinas e a oferta pode provar-se insuficiente para a procura.
"Não há vacinas suficientes neste momento sequer para servir aqueles que estão em grupos de risco", reconheceu ontem Michael Ryan, diretor do programa de resposta a emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS).