30 jan, 2021 - 13:47 • Lusa
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A chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu, este sábado, que as creches e escolas serão as primeiras a reabrir quando os níveis de contágio da pandemia desacelerarem e começar o alívio das atuais restrições à vida pública e à atividade económica.
"Estamos a fazer todos os possíveis para que as creches e as escolas sejam as primeiras a reabrir. Para devolver às crianças uma parte da rotina diária e para diminuir a pressão sobre as famílias”, assegurou a chanceler na sua habitual vídeo mensagem dos sábados.
Segundo Merkel, todos no Governo alemão estão “muito conscientes” do “duro” que é “o dia a dia para muitos pais e crianças atualmente”, devido às medidas em vigor para controlar a propagação da pandemia.
Na Alemanha, as escolas e creches estão encerrados desde meados de dezembro.
“É um enorme esforço para os pais de crianças em creches e na escola primária cuidar e educar os seus filhos em casa. A isto há que somar as obrigações laborais e preocupações”, afirmou a chanceler.
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Merkel, que na próxima quinta-feira participará num encontro virtual sobre este tema com pais e mães – alguns dos quais membros de famílias monoparentais – recordou, ainda assim, algumas das ajudas estatais aprovadas nos últimos meses para apoiar as famílias.
Entre elas, referiu um apoio extraordinário de 200 euros por criança (liquidado no outono) e uma subida no abono mensal por menor, de 204 para 219 euros (que entrou em vigor em janeiro).
Adicionalmente, disse, foi duplicado para 20 o número de dias de baixa que se podem requerer por doença de um filho, admitindo-se como motivo a necessidade de lhe dar assistência em casa devido ao encerramento das escolas.
Merkel sublinhou ainda que, graças “aos esforços feitos, os números de novas infeções estão a recuar desde há já algum tempo”, mas apelou a que não se baixe a guarda porque “o risco real” são as “mutações do vírus altamente contagiosas".
"Ainda não chegámos ao ponto em que as creches e as escolas podem reabrir as suas portas”, disse, sem fazer qualquer referência a 14 de fevereiro, data até à qual foi prolongada esta medida.
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A Alemanha registou 12.321 novos casos de Covid-19 e 794 mortes nas últimas 24 horas, segundo dados do Instituto Robert Koch, que indicam que os principais números continuam a cair no país mais populoso da União Europeia.
De acordo com os dados do Instituto Robert Koch (RKI), os números são inferiores aos notificados na sexta-feira (14.022 novos casos e 839 mortes) e aos registados no último sábado (16.417 e 879).
O máximo de contágios diários na Alemanha foi registado em 18 de dezembro, com 33.777 novas infeções, e o de óbitos em 14 de janeiro, com 1.244 mortes.
A taxa de incidência acumulada também continua a diminuir. Nos últimos dias, foram identificados 75.567 contágios em todo o país, o que representa 90,9 casos por 100 mil habitantes. No final de dezembro, o país chegou a atingir os 200 casos por 100 mil habitantes.
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Desde o início da pandemia, a Alemanha registou um total de 2.205.171 casos do vírus SARS-CoV-2 e 56.546 mortes por Covid-19.
Um total de 2.216.127 pessoas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na Alemanha, segundo os últimos dados oficiais, citados pela agência espanhola Efe.
O Governo alemão e os Estados federados não pretendem, neste momento, relaxar as restrições apesar desta tendência de descida, porque o objetivo é reduzir a incidência acumulada abaixo dos 50 casos por 100 mil habitantes para poder rastrear todas as infeções e quebrar as cadeias de contágio.
O lazer, a cultura, o desporto e a restauração estão fechados desde novembro, enquanto o comércio não essencial e as escolas também foram encerradas em meados de dezembro.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.191.865 mortos resultantes de mais de 101 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.