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Agência Espacial Europeia quer recrutar primeiro astronauta com deficiência para próxima missão à lua

09 fev, 2021 - 12:18 • Lusa

Processo de seleção estará dividido em seis etapas e deverá estar concluído em outubro. Objetivo é recrutar cerca de 100 pessoas anualmente durante os próximos dez anos.

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A Agência Espacial Europeia (ESA) lança, na próxima semana, uma campanha de recrutamento de astronautas nos Estados-membros, incluindo Portugal, para uma nova viagem à lua, foi anunciado esta terça-feira.

Os detalhes sobre as condições de recrutamento serão conhecidos no dia 16 de fevereiro e as candidaturas decorrerão entre 31 de março e 28 de maio, segundo a ESA.

O processo de seleção estará dividido em seis etapas e deverá estar concluído em outubro, de acordo com a informação divulgada pela ESA, em comunicado.

Em paralelo, a ESA lança um projeto piloto que prevê a escolha de um parastronauta, "o primeiro astronauta com algum nível de deficiência", lê-se no documento.

O projeto piloto dará oportunidade de seguir uma carreira de astronauta "a uma parte da sociedade que foi até agora excluída do voo espacial", sublinhou a organização, acrescentando ser a primeira vez na história que uma agência espacial assume um projeto inclusivo desta magnitude.

A campanha de recrutamento de astronautas faz parte de uma estratégia mais abrangente da ESA, que visa mostrar "um número elevado de oportunidades de trabalho" dentro da organização.

O objetivo é recrutar cerca de 100 pessoas anualmente durante os próximos dez anos.

A ESA revelou ainda que espera atrair um maior número de mulheres este ano, indicando que em 2009 foram aceites 1.430 candidatas, num total de 8.413.

David Parker, diretor de Exploração Humana e Robótica, citado no documento da organização, defendeu que a diversidade na ESA não deve apenas abordar a origem, idade, experiência ou sexo dos astronautas, mas "talvez também deficiências físicas".

"Graças a um forte mandato dos Estados-membros da ESA no último conselho ministerial em 2019, a Europa está a ocupar o seu lugar no centro da exploração espacial", referiu a ESA, frisando: "Para ir onde nunca antes fomos, precisamos olhar mais longe do que antes".

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