10 fev, 2021 - 22:45 • Lusa
Os EUA avisaram esta quarta-feira os imigrantes indocumentados que tencionem entrar no seu território que “este não é o momento" para o fazerem, adiantando que a maioria "vai ser rechaçada".
“Agora não é o momento para virem e a grande maioria vai ser rechaçada”, afirmou a porta-voz da Casa Branca durante a sua conferência de imprensa diária.
Jen Psaki adiantou que esta situação deve-se à pandemia do novo coronavírus e ao facto de o Governo do Presidente Joe Biden, empossado em 20 de janeiro, ainda não ter tido tempo para iniciar “um processo integral e humano para processar as pessoas que chegam à fronteira”.
“Os processos de asilo na fronteira não vão ser alterados de imediato e vai levar tempo a concretizá-los”, acrescentou.
A porta-voz admitiu que este é um “tema sensível” para o próprio presidente Biden, mas admitiu que vai ser preciso “tempo” para avançar e parceiros para concretizar “um processo integral e um sistema que permita o processamento na fronteira dos candidatos a asilo”.
Em 20 de janeiro, o Governo de Biden anunciou a suspensão, a partir do dia seguinte, das inscrições no programa “Permaneçam no México”, que permitiu ao governo anterior expulsar para o país vizinho os candidatos a asilo.
O Governo de Biden anunciou também que “os participantes atuais” do programa Protocolos de Proteção a Migrantes (MPP, na sigla em Inglês) “devem ficar onde estão, à espera de mais informação oficial do governo dos EUA”.
Sob o programa “Fiquem no México”, o governo de Trump enviou mais de 60 mil pessoas sem documentos, que tinham cruzado a fronteira, para o Estado vizinho, para aí esperarem pela comparência perante juízes, um trâmite que podia levar meses.
Antes desta medida de Trump, as detenções na fronteira com o México de migrantes sem documentos estavam a subir, tendo chegado a 132.856 em maio de 2019.