11 fev, 2021 - 16:48 • Lusa
Veja também:
O epidemiologista norte-americano Anthony Fauci assegurou esta quinta-feira que, em abril, todos os cidadãos dos Estados Unidos poderão receber a vacina contra a Covid-19 graças à aceleração da produção e às melhorias na distribuição.
“Quando chegarmos a abril […] será aberta a temporada, no sentido de que, virtualmente, todas as pessoas de qualquer categoria social poderão ser vacinadas”, declarou Fauci, assessor científico do Presidente norte-americano, Joe Biden, numa entrevista ao programa televisivo Today, da cadeia NBC.
De qualquer forma, Fauci sublinhou que a imunidade de grupo só poderá alcançar-se “no fim de verão”.
Segundo divulgou esta quinta-feira o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano, os Estados Unidos já alcançaram uma taxa de vacinação de 10%, depois de 33,7 milhões de cidadãos terem recebido pelo menos uma das 44,7 milhões de doses administradas.
Fauci reconheceu, porém, que um dos problemas é o “ceticismo” face à eficácia da vacina, salientando ser “importante” reafirmar a segurança do medicamento.
Os ex-Presidentes norte-americanos Barack Obama (2009/2017), George W. Bush (2001/2009) e Bill Clinton (1993/2001) já se manifestaram dispostos a serem vacinados diante das câmaras de televisão, numa iniciativa para promover a confiança entre a população.
O Presidente Joe Biden prometeu que a sua administração vai conseguir vacinar com a primeira dose nos primeiros 100 dias de governo (até 30 de abril) 150 milhões de pessoas.
Postal de Quarentena - Washington
Um português que se mudou recentemente do Mississi(...)
Dados do CDC indicam que foram já administradas 23,4 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, enquanto a da Moderna, a segunda a ser autorizada no país, já permitiu inocular 21,1 milhões de doses.
A Administração de Biden espera que a aprovação de novas vacinas possa aumentar o número diário de vacinação, aguardando-se ainda para este mês que possa ser autorizada, com caráter de emergência, a produzida pela Johnson & Johnson, que, segundo um estudo da empresa farmacêutica, tem uma eficácia de 66% na prevenção de doenças moderadas a graves associadas à Covid-19.
Os Estados Unidos são o país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus, com mais de 27 milhões de casos e cerca de 470 mil mortes, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.