13 fev, 2021 - 20:45 • Redação
O ex-presidente do Estados Unidos Donald Trump não será alvo de "impeachement". A votação no Senado terminou com 57 senadores a votar pela destituição, e 43 a votarem contra. Apesar disso, eram necessários dois terços para a votação do julgamento a Trump lhe ser desfavorável.
Houve sete republicanos a votar contra o ex-líder do partido, mas 43 senadores daquele partido votaram ao lado de Trump. Do lado dos democratas, todos os senadores votaram pela destituição.
A votação foi o culminar do quinto dia de julgamento depois de a Câmara ter proposto o impeachment de Trump no mês passado por incitação a uma insurreição no ataque ao Capitólio, que opcorreu a de janeiro.
Os democratas argumentavam que Trump incitou intencionalmente a multidão composta pelos seus apoiantes a invadir o Capitólio com vista a evitar a ratificação dos resultados da eleição que elegeu Joe Biden. Isso aconteceu após durante vários meses ter bombardeado os eleitores com falsas alegações de fraude eleitoral.
Os republicanos que votaram para condenar foram senadores Richard Burr da Carolina do Norte, Bill Cassidy da Louisiana, Susan Collins do Maine, Lisa Murkowski do Alasca, Mitt Romney do Utah, Ben Sasse do Nebraska e Pat Toomey da Pensilvânia. Burr e Toomey que se vão retirar do Congresso em 2022.
Seriam necessários 67 votos para condenar Trump. Esse resultado no Senado teria sido capaz de impedir o ex-presidente de concorrer ao cargo novamente. Mas como foi absolvido, essa possibilidade mantém-se em aberto.
Trump já foi absolvido duas vezes pelo Senado. A primeira vez foi em fevereiro de 2020, por causa das negociações com a Ucrânia.
Ataque ao Capitólio
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Donald Trump já reagiu à votação e considera que a este segundo julgamento no Senado com vista á sua destituição foi "mais um episódio da maior caça às bruxas na história dos Estados Unidos."
"Nunca nenhum Presidente teve que passar por algo assim de forma continuada, porque os nossos adversários não esquecem as quase 75 milhões de pessoas que votaram em nós, o maior número para um Presidente em funções", identificou.
E continuou afirmando que "o nosso movimento belo, histórico e patriótico para tornar a América grande outra vez ainda só está a começar".
"Nos próximos meses, tenho muitas coisas para partilhar com vocês e quero muito continuar a nossa incrível jornada juntos", rematou.