20 fev, 2021 - 09:19 • Redação com agências
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A Rússia aprovou este sábado a terceira vacina contra o novo coronavírus para uso interno. O anúncio foi feito primeiro-ministro Mikhail Mishustin, segundo o qual os testes clínicos em larga escala ainda não arrancaram.
“Quero começar com uma notícia muito boa. Verificámos que a terceira vacina - a CoviVac - produzida pelo Centro Chumakov, foi registada”, referiu o governante na televisão estatal russa.
“Atualmente, somos o único país no mundo com três vacinas contra a Covid-19”, sublinhou Mikhail Mishustin.
Em meados de março entram em circulação as primeiras 120 mil doses. Esta nova vacina requer a inoculação de duas doses, que devem ser administradas no espaço de 14 dias.
Ao contrário das duas vacinas anteriores, a covivac foi concebida a partir de um coronavírus inativado, ou seja, que perdeu a sua capacidade de se replicar. “a vacina que desenvolvemos… reflete toda a história da rússia, assim como da ciência global das vacinas”, afirmou aidar ishmukhametov, o diretor do centro chumakov.
Ao que tudo indica, a principal vantagem é que oferece uma resposta imunitária mais ampla, que deve proteger de qualquer estirpe do Sars-cov-2.
A Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, foi a primeira a ser aprovada pela em agosto. Inclusive, foi a primeira vacina contra a Covid-19 a ser aprovada no mundo, embora a sua efetividade tenha suscitado dúvidas entre a comunidade científica internacional por ter sido aprovada antes de ter início a fase final dos ensaios.
Contudo, os resultados da fase 3 dos ensaios clínicos indicaram que alcançava uma eficácia de 91,6%.
A segunda vacina - batizada de EpiVacCorona - foi desenvolvida pelo Instituto Vector e está agora a começar a ser administrada.
“Já produzimos mais de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V e cerca de 80 mil doses da EpiVacCorona e, em breve, avançaremos com a terceira linha de produção da CoviVac”, detalhou o primeiro-ministro russo.
Já vice-primeira-ministra, Tatiana Golíkova, revelou que o país pretende produzir 88 milhões de doses de vacinas durante o primeiro semestre deste ano, sendo 83 milhões da Sputnik V.
A pandemia provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.