01 mar, 2021 - 10:25 • Lusa com Redação
A dirigente de Myanmar Aung San Suu Kyi, afastada pelo golpe de Estado militar de 1 de fevereiro, foi acusada de duas novas infrações anunciaram os advogados de defesa.
Suu Kyi está a ser processada por ter violado uma lei sobre telecomunicações e por "incitamento à desordem pública", disse o advogado Nay Tu. Em causa estão leis previstas no código penal da altura em que o país era ainda uma colónia britânica.
A dirigente da Liga Nacional para a Democracia e chefe do Executivo "de facto" da antiga Birmânia, assim como vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1991, detida em regime de prisão domiciliária já tinha sido processada por se encontrar na posse de dois rádios telefone obtidos "sem respeitar as ordens de restrição a medidas impostas contra a pandemia de covid-19".
Myanmar continua a viver um momento político muito tenso, com várias mortes ao longo do fim de semana. Segundo a ONU, 18 pessoas foram mortas pela polícia durante manifestações a favor da democracia nas cidades de Mandalay, Yangon, Dawei e outras cidades.
A violência subiu de tom no sábado, depois da morte de uma mulher, e ganhou novos contornos no domingo. A contestação nas ruas acontece desde 1 de fevereiro, quando as forças militares do país conduziram um golpe de estado bem sucedido e removeram Aung San Suu Kyi do poder, que foi detida juntamente com outros líderes da Liga Nacional pela Democracia.