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Suíça aprova em referendo proibição da burca em espaços públicos

08 mar, 2021 - 13:16 • Lusa

Apesar da proposta que foi referendada não mencionar os véus muçulmanos, como a burca ou o niqab, autores disseram especificamente que o objetivo era travar o "islamismo radical". Mulheres muçulmanas deixarão de poder espaços públicos com esses véus integrais.

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A Suíça aprovou no domingo em referendo, com 51,2% dos votos, a proibição do uso de véu integral, avança a Agência France-Presse (AFP), uma medida que uns dizem ser contra o islamismo radical e outros consideram xenófoba e sexista.

Os resultados avançados pelo Governo federal indicam que a iniciativa que proíbe o uso de peças de vestuário que cubram integralmente o corpo venceu com 51,2% dos votos e na maioria dos cantões suíços.

Ainda que o texto da iniciativa não mencione claramente o tipo de vestuário a que se refere, durante a campanha ficou claro que se pretende proibir o uso de burca, uma peça de vestuário que cobre todo o corpo, apenas com uma abertura rendilhada nos olhos, usado por algumas mulheres muçulmanas, bem como do niqab, que é semelhante à burka, mas sem a peça rendilhada.

A medida foi proposta pelo partido de direita UDC (Union Demócratique de Centre, ou União Democrática do Centro, em tradução livre) e foi apoiada por grupos feministas e por um setor dos eleitores da esquerda laica.

Citado pela agência de notícias francesa, o presidente da UDC, Marco Chiesa, congratulou-se pelo resultado, afirmando que não quer "um islamismo radical" no país.

Com este resultado, a Suíça junta-se à França, à Áustria, à Bulgária, à Bélgica e à Dinamarca, que aprovaram iniciativas semelhantes.

Comentários
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  • Ivo Pestana
    09 mar, 2021 Funchal 13:13
    Temos de aceitar, porque nos países árabes também existem regras e temos de as cumprir. Os países são soberanos e até por razões de segurança, acho importante.

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