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Pandemia

Covid-19. EUA anunciam consórcio para produzir 1.000 milhões de vacinas até 2022

12 mar, 2021 - 18:54 • Lusa

Iniciativa pretende juntar a capacidade de produção da indiana, a tecnologia norte-americana, o financiamento japonês e americano e a logística australiana. O objetivo é impulsionar a produção de vacinas da Johnson & Johnson.

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Os líderes dos Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia comprometeram-se a produzir mil milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, na Índia, até ao final de 2022, anunciou hoje a Casa Branca

“Estes quatro líderes assumiram um compromisso comum impressionante: com capacidade de produção indiana, tecnologia americana, financiamento japonês e americano e logística australiana, o grupo comprometeu-se a entregar até mil milhões de doses (de vacinas)” para distribuição no sudeste da Ásia, até final de 2022, disse o assessor da Casa Branca para a Segurança Nacional, Jake Sullivan.

Trata-se de doses da vacina norte-americana Johnson & Johnson, que o anterior Governo do ex-Presidente Donald Trump não incluiu no seu projeto de apoio intensivo - conhecido como ‘Warp Speed’ - mas que Joe Biden pretende agora incentivar.

“Estamos a lançar uma nova parceria ambiciosa para impulsionar a produção de vacinas para o benefício de todos, em particular da região do Indo-Pacífico", explicou hoje o Presidente norte-americano, na abertura da cimeira virtual que juntou os líderes dos quatro países.

“Esta é a primeira cimeira multilateral que tenho a oportunidade de organizar, na qualidade de Presidente”, lembrou Joe Biden, no início da conversa com os primeiros-ministros do Japão, Yoshihide Suga, da Índia, Narendra Modi, e da Austrália, Scott Morrison.

Biden disse que a aliança dos quatro países está empenhada em responder “às graves carências do sudeste asiático, através de veículos financeiros complexos que permitirão um aumento muito importante, francamente drástico, das capacidades de produção de vacinas, até mil milhões de doses em 2022”.

“Estamos a falar de enormes investimentos, para fortalecer a capacidade de produção de vacinas na Índia, para exportar para países da região do Pacífico”, disse o diplomata indiano Harsh Shringla, em declarações aos jornalistas, em Nova Deli.

“É uma meta muito ambiciosa, se pensarmos que as vacinas em todo o mundo estão, para já, limitadas a apenas algumas centenas de milhões de doses”, concluiu o diplomata.

O espírito de cooperação entre os quatro países deve ser acelerado e a Casa Branca anunciou hoje que haverá uma nova cimeira entre os seus líderes ainda antes do final deste ano, desta vez em formato presencial.

Trata-se da primeira vez que esta aliança informal dos quatro países, nascida nos anos 2000 para contrabalançar as ambições expansionistas da China, se reúne ao mais alto nível, tendo ficado já marcada uma nova cimeira para o final deste ano, desta vez em formato presencial.

“Esta é a primeira cimeira multilateral que tenho a oportunidade de organizar, na qualidade de Presidente”, lembrou Joe Biden na abertura da videoconferência com os primeiros-ministros do Japão, Yoshihide Suga, da Índia, Narendra Modi, e da Austrália, Scott Morrison.

"Os Estados Unidos estão determinados a trabalhar com todos os nossos aliados regionais para garantir a estabilidade", acrescentou Biden.

Num outro sinal da prioridade dada à Ásia pelos EUA, o primeiro-ministro japonês será, em abril, o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pessoalmente nos Estados Unidos pelo novo Presidente, anunciaram hoje os dois países, esclarecendo que as alterações climáticas e o combate à pandemia de covid-19 estarão no topo da agenda da reunião.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.630.768 mortos no mundo, resultantes de mais de 118,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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