Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Myanmar

Militares alargam lei marcial a mais quatro distritos de Rangum

15 mar, 2021 - 08:33

Os militares justificaram o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido da líder deposta Aung San Suu Kyi venceu por grande margem.

A+ / A-

Os militares no poder em Myanmar (antiga Birmânia) alargaram a lei marcial a mais quatro distritos de Rangum, depois de dezenas de manifestantes terem morrido num ataque das forças de segurança, no fim de semana.

Num anúncio transmitido na emissora pública MRTV, controlada pela junta militar desde o golpe de 1 de fevereiro, as autoridades impuseram a lei marcial para os distritos de Dangon Norte, Dagon Sul, Dagon Seikkan e Okkalapa Norte, áreas industriais e densamente povoadas.

A decisão surgiu depois de a mesma medida ter sido imposta, no domingo à noite, no distrito de Hlaing Than Yar, a noroeste de Rangum, onde no domingo 22 civis foram mortos e 20 ficaram feridos, três deles em estado crítico, na sequência da repressão brutal pela polícia e soldados, e em Shwepyitha.

A organização não-governamental Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP) denunciou que mais de 125 pessoas morreram durante a repressão das manifestações contra o golpe de Estado militar de 01 de fevereiro.

Só no domingo morreram, pelo menos, 38 pessoas, a maioria em Rangum, onde as forças de segurança dispararam munições reais contra manifestantes em pelo menos nove bairros da cidade, a mais populosa do país e antiga capital.

Em outras cidades do país, como Bago, Mandalay e Hpakant, também foram registadas mortes no domingo devido aos tiros disparados pelas forças de segurança.

A AAPP disse que desde a revolta militar foram detidas mais de 2.150 pessoas, 319 das quais já foram libertadas.

A junta militar deteve a maioria do Governo eleito, incluindo a líder, Aung San Suu Kyi, e o Presidente, Win Myint, na manhã do golpe, além de cancelar a posse da legislatura marcada para o mesmo dia.

Os militares justificaram o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido da líder deposta Aung San Suu Kyi venceu por grande margem e observadores internacionais consideraram legítimas.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+