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Covid-19

Rio de Janeiro vai dar subsídios aos mais vulneráveis no confinamento

24 mar, 2021 - 20:22 • Lusa

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou esta quarta-feira um pacote de ajudas para a população mais vulnerável da cidade brasileira, num momento em que a covid-19 forçou o endurecimento de medidas restritivas.

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O município vai distribuir subsídios a 900 mil pessoas para ajudá-las a sobreviver durante os 10 dias em que a cidade ficará praticamente paralisada, a partir de sexta-feira, devido às medidas de confinamento impostas para reduzir as infeções pelo novo coronavírus, explicou Paes.

A decisão de destinar 100 milhões de reais (15,12 milhões de euros) em subsídios foi adotada pelo executivo municipal para ajudar famílias pobres e vendedores ambulantes que não poderão trabalhar durante o confinamento.

Com a medida, a prefeitura procura reduzir a mobilidade e travar a disseminação do vírus, num momento em que mais de 500 pessoas infetadas aguardam uma vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Os auxílios começarão a ser entregues gradativamente de 26 de março a 04 de abril, período em que as medidas vigorarão na "cidade maravilhosa".

"São medidas de resposta à fome do povo, quando se impõem restrições", disse o prefeito.

Durante esses 10 dias, apenas os serviços essenciais poderão funcionar, enquanto o comércio terá horário restrito e bares e restaurantes só poderão atender através de entregas ao domicílio.

Durante o período, as praias, escolas, pontos turísticos e parques, entre outros, permanecerão fechados.

De acordo com o autarca, 50 mil famílias receberão auxílio de 240 reais (cerca de 36,30 euros), cada uma, e 643 mil alunos de escolas públicas serão beneficiados com um vale-alimentação de 108,50 reais (16,41 euros) por criança.

Os 13 mil vendedores ambulantes registados na cidade receberão a maior quantia de todo o grupo de beneficiados, 500 reais (75,62 euros) cada, "devido ao lucro cessante", explicou Paes.

Dos 100 milhões de reais que serão destinados à ajuda, 70 milhões (10,6 milhões de euros) sairão dos cofres da Prefeitura e o restante será doado pela Câmara dos vereadores.

De acordo com o prefeito, também está a ser estudada a possibilidade de concessão de auxílios a pequenas empresas, decisão que deve ser confirmada esta semana.

A ajuda do município será a primeira que os mais pobres receberão após o Governo Federal, presidido por Jair Bolsonaro, suspender os subsídios que concedeu no ano passado aos mais afetados pela pandemia.

O Rio de Janeiro, a segunda cidade mais populosa do Brasil, com sete milhões de habitantes, tem cerca de 20.000 mortes e 220.000 infeções.

O Brasil, que tem alcançado sucessivos recordes de óbitos e novos casos de covid-19, totaliza 298.676 vítimas mortais e 12.130.019 diagnósticos de infeção, sendo o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.735.411 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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