29 mar, 2021 - 09:52 • Redação com agências
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A transmissão do SARS-CoV-2 de morcegos para humanos através de outro animal é o cenário mais provável para explicar o início da pandemia. A conclusão consta de um relatório da Organização Mundial de Saúde e da China, que considera “extremamente” improvável um incidente num laboratório.
Uma investigação conjunta entre a OMS e especialistas chineses concluiu que a transmissão do novo coronavírus para humanos a partir de um animal intermediário é uma hipótese “provável a muito provável”, enquanto um incidente de laboratório seria “extremamente improvável”.
Os especialistas determinaram que “perante a literatura sobre o papel dos animais de criação como hospedeiros intermediários de doenças emergentes, é necessário realizar outros levantamentos, inclusive numa maior extensão geográfica” na China e em outros lugares.
Este relatório vem confirmar as primeiras conclusões que apresentaram a 9 de fevereiro na cidade chinesa de Wuhan, onde apareceu pela primeira vez o vírus.
Os peritos defenderam a teoria geralmente aceite da transmissão natural do vírus de um animal reservatório – provavelmente o morcego – para o homem, por meio de outro animal que ainda não foi identificado.
Os especialistas também não descartaram a transmissão por carne congelada – pista privilegiada por Pequim - julgando que esse cenário é “possível”.
O relatório recomendou a continuação dos estudos com base nessas três hipóteses, mas descarta a possibilidade de o vírus ter sido transmitido a humanos devido a um acidente de laboratório.
O Governo do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou o Instituto de Virologia de Wuhan, que faz investigações sobre patógenos muito perigosos, de ter deixado o novo coronavírus escapar, voluntariamente ou não.
O relatório é amplamente baseado na visita de uma equipa de especialistas internacionais da OMS a Wuhan - a cidade chinesa onde o SARS-CoV-2 foi detetado pela primeira vez - em meados de janeiro e fevereiro.
A pandemia provocou, pelo menos, 2.777.761 mortos no mundo, resultantes de mais de 126,6 milhões de casos de infeção, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.