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Joe Biden promete apoio "inabalável" dos Estados Unidos à soberania da Ucrânia

02 abr, 2021 - 17:19 • Lusa

O Presidente dos EUA conversou ao telefone com o chefe de Estado da Ucrânia.

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu esta sexta-feira ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma conversa telefónica, um “inabalável” apoio dos Estados Unidos à soberania da Ucrânia.

“O Presidente Biden afirmou o apoio inabalável dos Estados Unidos à soberania e integridade territorial da Ucrânia face à agressão da Rússia em Donbass e Crimeia”, de acordo com a transcrição da Casa Branca.

Durante a conversa telefónica, Joe Biden afirmou também a sua vontade de “revitalizar” a “parceria estratégica” entre a Ucrânia e os Estados Unidos, assegurando que as reformas implementadas pelo Presidente Volodymyr Zelensky contra a corrupção eram “cruciais para as aspirações euro-atlânticas da Ucrânia”.

O Presidente ucraniano, por seu lado, saudou "a parceria crucial" com Washington, através de uma mensagem na rede no Twitter.

Na quinta-feira, a Ucrânia acusou a Rússia de acumular milhares de tropas nas fronteiras que separam os dois países e na Crimeia, uma península anexada por Moscovo em 2014.

Por seu lado, a Rússia disse no mesmo dia à Ucrânia e aos países ocidentais para não se “inquietarem” com as movimentações de tropas russas na fronteira ucraniana, após Kiev recear um agravamento do conflito com os rebeldes pró-russos.

“A Rússia desloca as suas Forças Armadas no seu território da forma que entender”, revelou Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa, “mas tal não significa uma ameaça para ninguém nem deve inquietar ninguém”.

As “recentes atividades militares de grande escala na Ucrânia e arredores” estão a preocupar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) que discutiu o assunto na reunião de quinta-feira do Conselho do Atlântico Norte, disseram hoje fontes da organização à agência Efe.

“Ontem (1 de abril de 2021), os aliados reuniram-se no Conselho do Atlântico Norte para trocar opiniões sobre o atual ambiente de segurança na região do Mar Negro. Os aliados partilharam as suas preocupações sobre as recentes atividades militares de grande escala da Rússia na Ucrânia e arredores”, disseram.

Além disso, os países aliados estão preocupados com as “violações do cessar-fogo de julho de 2020, que resultaram na morte de quatro soldados ucranianos na semana passada”.

De acordo com a Aliança Atlântica, “as ações desestabilizadoras da Rússia minam os esforços para reduzir as tensões” decorrentes do acordo de julho de 2020, negociado no âmbito da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

“A NATO continua a apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. Permanecemos vigilantes e continuamos a acompanhar de perto a situação”, disseram as mesmas fontes.

A 24 de março, após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em Bruxelas, a organização salientou a sua unidade face ao comportamento “agressivo” da Rússia no estrangeiro e à “repressão” no seu território nacional, insistindo ao mesmo tempo na importância de retomar o diálogo entre a Aliança e Moscovo.

Após uma longa trégua no decurso da segunda metade de 2020, o conflito no leste da Ucrânia registou desde janeiro uma intensificação dos incidentes armados, que provocaram a morte de 19 soldados ucranianos. Os dois campos acusam-se mutuamente de responsabilidade pela escalada.

Em paralelo, ucranianos e norte-americanos referiram-se a recentes movimentações de tropas russas na Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014, e na fronteira russo-ucraniana, perto dos territórios controlados pelos separatistas pró-russos.

“Estamos inquietos face às recentes escaladas de agressão russa no leste da Ucrânia, incluindo as violações do acordo de cessar-fogo de 20 de julho que implicou a morte de quatro soldados ucranianos em 26 de março, enquanto dois outros foram feridos”, declarou na quarta-feira John Kirby, porta-voz do Departamento da Defesa norte-americano.

O conflito ucraniano foi desencadeado logo após a anexação russa da Crimeia, na sequência de uma revolta “pró-ocidental” em Kiev e que afastou do poder o então Presidente Viktor Ianukovich, considerado um aliado do Kremlin.

A guerra provocou mais de 13.000 mortos desde a primavera de 2014.

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