05 abr, 2021 - 20:14 • Lusa
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) apelou esta segunda-feira à comunidade internacional para que ajude Timor-Leste no atual momento de calamidade causado pelas inundações, que já fizeram 27 mortos e milhares de desalojados.
Numa carta dirigida à ministra dos Negócios Estrangeiros timorense, Adaljiza Magno, o secretário-executivo da organização escreve que "a CPLP manifesta a sua solidariedade para com as famílias enlutadas, apela ao apoio da comunidade internacional e saúda os esforços de resgate e assistência já em curso" no país.
No documento, Francisco Ribeiro Telles apresenta condolências às autoridades e ao povo de Timor-Leste, "pelas trágicas cheias que afetaram o país ontem [domingo], dia 04 do corrente, e que resultaram já em mais de duas dezenas de vítimas, milhares de desalojados e avultados prejuízos materiais".
Mas, salienta: "Estamos confiantes de que a resiliência e determinação características do povo timorense permitirão superar esta calamidade".
As cheias que assolaram Timor-Leste no fim de semana causaram pelo menos 27 mortos em todo o país e mais de sete mil desalojados na capital, Díli, segundo o balanço mais recente das autoridades timorenses.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as cheias afetaram pelo menos 10 mil pessoas em oito municipalidades, sendo Díli a mais afetada.
A CPLP integra os seguintes Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A União Europeia (UE) disse "apoiar plenamente" o "Governo e o povo de Timor-Leste" e disponibilizou-se para prestar "mais assistência", enquanto o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, ofereceu a solidariedade e o apoio de Portugal a Timor-Leste.