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Cabo Delgado

Moçambique. Tanzânia rejeitou entrada de 600 sobreviventes dos ataques a Palma

05 abr, 2021 - 23:30 • Lusa

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), "cerca de 600 moçambicanos à procura de asilo foram repelidos da Tanzânia" e foram reenviados "à força" para o seu país.

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A Tanzânia impediu a entrada de cerca de 600 deslocados moçambicanos, sobreviventes do ataque jihadista a Palma, no norte de Moçambique, em 24 de março, denunciou esta segunda-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

"Cerca de 600 moçambicanos à procura de asilo foram repelidos da Tanzânia", afirmou em comunicado o ACNUR, manifestando "preocupação" em relação à sorte destas pessoas "reenviadas à força" para o seu país.

Esta segunda-feira, ao final do dia, o governo não tinha ainda reagido a estas informações.

A 24 de março, grupos armados atacaram Palma, cidade portuária com 75.000 habitantes, matando dezenas de civis, polícias e militares.

O ataque sigilosamente preparado, lançado a apenas alguns quilómetros do mega-projeto de gás do grupo francês Total, na península de Afungi, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O exército moçambicano retomou hoje o controlo - pelo menos parcial - da cidade, segundo as autoridades moçambicanas.

Cerca de 10 mil pessoas foram deslocadas pelo ataque, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Perto de 23 mil pessoas encontram-se atualmente na região de Afungi, sob proteção militar, segundo a OIM.

As autoridades acreditam, no entanto, na presença de rebeldes infiltrados entre os deslocados.

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