15 abr, 2021 - 17:23 • Hélio Carvalho
A relação entre Estados Unidos e Rússia continua a deteriorar-se, com mais uma onda de sanções a ser aplicada pelos norte-americanos. A administração Biden anunciou novas sanções contra 32 oficiais e entidades russas, pelo ataque informático à empresa SolarWinds, em 2020.
O objetivo, disse a Casa Branca, é “dissuadir as atividades maliciosas da Rússia”. Em comunicado, a administração repete ainda a acusação de que a Rússia interferiu nas eleições de 2020, que acabaram por dar a vitória a Joe Biden.
Na ação, assinada pelo Presidente Joe Biden, é dito que as novas sanções demonstram que os Estados Unidos “vão criar um impacto económico e estratégico na Rússia” se esta continuar a “destabilizar a ação internacional”.
Além das sanções a 32 oficiais e entidades públicas, dez diplomatas serão expulsos do país por serem alegados espiões e as intuições americanas ficam proibidas de investir em dívida russa a partir de junho.
As sanções aplicam-se especificamente aos serviços de inteligência russos, a quem os EUA apontam o dedo pelo ataque informático à empresa SolarWinds e à pirataria de 18 mil computadores públicos e privados.
Na altura do ataque, o então secretário de Estado Mike Pompeo caracterizou o sucedido como o pior ato de espionagem informática de sempre ao Governo americano.
Também acusam os serviços de espionagem da Rússia de interferir com as eleições presidenciais de 2020, através do uso de desinformação nas redes sociais.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo já respondeu às sanções. Também em comunicado, o Governo russo diz que as sanções são “passos hostis que aumentam perigosamente a temperatura do confronto”.
“Tamanha conduta agressiva terá de certeza uma resposta decidida”, acrescentaram os russos.
É a segunda vaga de sanções no espaço de um mês. No início de março, Biden anunciou sanções contra sete oficiais russos e 14 entidades governamentais pelos seus papéis no envenenamento e prisão de Alexei Navalny, o maior crítico ao Governo de Vladimir Putin.
Essas foram as primeiras sanções impostas pela nova administração liderada por Joe Biden, que tem sido mais firme contra Putin.
Poucos dias depois, Biden disse numa entrevista que Putin é “um assassino”. O Presidente russo respondeu que “quem diz é quem é”.
Em fevereiro, Biden afirmou que “os dias em que virávamos a cara às ações agressivas da Rússia, à interferência em eleições, aos ataques informáticos e ao envenenamento de cidadãos terminaram”.
Tanto a União Europeia como o Reino Unido e a NATO emitiram comunicados a apoiar as sanções.