16 abr, 2021 - 23:44 • Lusa
A NASA escolheu a SpaceX, do empresário e presidente da Tesla Elon Musk, para a próxima missão tripulada à Lua, anunciou esta sexta-feira a agência espacial norte-americana.
"Hoje, estou muito animado, e nós estamos muito entusiasmados em anunciar que atribuímos à SpaceX o desenvolvimento do nosso sistema de alunagem", afirmou a chefe daquele programa da NASA, Lisa Watson-Morgan, em conferência de imprensa.
Este contrato é a mais importante vitória da SpaceX e reforça a posição da empresa como parceiro privilegiado da NASA.
No ano passado, a empresa de Elon Musk tornou-se na primeira a enviar com sucesso uma equipa a bordo da Estação Espacial Internacional.
A SpaceX apresentou a concurso o foguetão Starship, concebido para transportar tripulações e cargas importantes para viagens espaciais longínquas, e que pode aterrar de pé.
Protótipos do foguetão estão atualmente a ser testados no Texas, mas as quatro tentativas de voo terminaram em explosão.
A última missão tripulada à Lua, a Apollo 17, aconteceu em dezembro de 1972, três anos depois da chegada do Homem à sua superfície, com a missão Apollo 11.
Ao todo, estiveram na Lua 12 astronautas norte-americanos, dois deles civis: um engenheiro, Neil Armstrong, e um geólogo, Harrison Schmitt, respetivamente o primeiro e, até hoje, o último, homens a pisarem o solo lunar. Cerca de 400 quilos de rocha lunar foram enviados para a Terra ao longo das seis alunagens.
Em maio de 2019, a NASA anunciou que a nova missão lunar humana, ainda sem custos contabilizados, se chamará Ártemis, que, na mitologia greco-romana, era irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua.
Dois meses antes, a administração do Presidente Donald Trump já tinha antecipado em quatros anos, para 2024, o regresso de astronautas norte-americanos à Lua, incluindo a primeira mulher.
A futura tripulação alunará no polo Sul, onde há gelo nas suas crateras e, portanto, condições para ter potencialmente água líquida.
A porta de entrada será uma estação orbital na Lua, a Gateway, que servirá de plataforma também para Marte, a ser construída numa parceria entre a NASA e as congéneres europeia, russa, canadiana e japonesa e empresas privadas, algumas a apontarem baterias para o turismo espacial e a colonização de Marte.