18 abr, 2021 - 08:50 • Lusa
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O Governo brasileiro começou a entregar novos lotes de medicamentos para aliviar a dor dos doentes com Covid-19 ventilados, mas a quantidade é insuficiente para fazer face ao aumento de contágios.
A necessidade desse tipo de medicação aumentou à medida que o número de casos disparou e deixou o Brasil com um registo de mais de 370.000 mortes e cerca de 13,9 milhões de infeções pelo novo coronavírus. Os dados do Ministério da Saúde revelam que em 24 horas foram confirmados 67.636 novos casos de Covid-19.
Segundo o Ministério da Saúde, trata-se do chamado "kit de intubação", composto essencialmente por três tipos diferentes de sedativos, necessários para o processo de intubação traqueal de pacientes em estado grave.
Segundo o ministério da tutela, 2,3 milhões desses ‘kits’, doados por empresas privadas e importados da China, serão distribuídos por todo o país este fim de semana, mas esse número, segundo a Confederação Nacional de Municípios, é insuficiente para satisfazer as necessidades crescentes nas 5.570 cidades do país.
A organização informou que pelo menos 975 destas localidades têm os sedativos necessários, em média, para os próximos quatro dias, e instou a assegurar a distribuição de medicação no mais curto espaço de tempo possível.
Um dos estados onde a situação é crítica é São Paulo, o mais populoso do país, com 46 milhões de habitantes, que este fim de semana se prepara para receber 400.000 ‘kits’, um fornecimento que, segundo as autoridades locais, é suficiente apenas para "alguns dias".
Uma das doações confirmada chegará de Espanha, que enviará para o Brasil "várias toneladas" de ajuda médica, no âmbito das conversações entre o Governo brasileiro e a União Europeia (UE).
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, 28,5 milhões de pessoas no Brasil foram vacinadas, mas só sete milhões receberam as duas doses necessárias para ficarem imunizadas.