21 abr, 2021 - 09:00 • Marta Grosso
Um polícia de Columbus, a capital do estado norte-americano do Ohio, disparou contra uma adolescente. O tiro provocou a morte da jovem, que tinha 16 anos e estava a ameçar outras duas mulheres com uma arma branca.
O alerta chegou à polícia durante a tarde de terça-feira, pelas 16h32 (hora local). A denúncia falava em “mulheres que estavam a tentar esfaquear pessoas”, referiu o chefe interino da polícia Michael Woods, citado pela CNN.
As autoridades deslocaram-se ao local e, de acordo com as imagens da câmara corporal do primeiro agente a chegar, o polícia aproxima-se de um grupo de indivíduos que se encontra no passeio, junto a uma casa.
O vídeo mostra depois a adolescente a mover-se rapidamente em direção a outra rapariga com o que parece ser uma faca e a essa rapariga cai no chão.
O agente grita: "Ei, ei, ei, ei, baixe-se!" e a jovem aparece novamente a atacar uma segunda rapariga com a faca. O polícia ordena: "Abaixe-se! Abaixe-se! Abaixe-se! Abaixe-se!" e então dispara quatro tiros em direção à adolescente.
Um dos agentes socorre a vítima e é pedida ajuda médica.
A adolescente é afroamericana e foi identificada pela mãe, Paula Bryant, e pelos Serviços para Crianças do Condado de Franklin como Ma'Khia Bryant.
Embora a polícia local a tenha identificado como tendo 15 anos numa conferência de imprensa na terça-feira, o FCCS corrigiu a idade para 16 anos.
Já foi aberta uma investigação sobre o caso, que irá para o Grande Júri do Condado de Franklin e depois voltará para o departamento de polícia para uma revisão interna.
“Sabemos, com base na filmagem, que o agente tomou medidas para proteger outra jovem da nossa comunidade”, afirmou o autarca de Columbus, Andrew Ginther, numa conferência de imprensa. “Mas há uma família a sofrer esta noite e esta jovem de 15 anos nunca mais voltará para casa”, acrescentou.
Após o tiroteio, algumas pessoas concentraram-se no local com palavras de ordem como "já basta" e a pedirem o vídeo da câmara corporal.
A morte acontece no mesmo dia em que o ex-oficial de Minneapolis Derek Chauvin foi considerado culpado pelo assassinato de George Floyd.
“Enquanto hoje respirávamos de alívio, uma comunidade em Columbus sentiu a dor de outro tiroteio policial”, escreveu o advogado da família Floyd, Ben Crump, no Twitter.