Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Covid-19

OMS. Variante detetada na Índia já está em 17 países

28 abr, 2021 - 07:57 • Lusa

A B.1.617 tem uma taxa de crescimento mais elevada, sugerindo uma maior contagiosidade. A Índia ultrapassa 200 mil mortos e regista novos máximos diários.

A+ / A-

Veja também:


A variante de Covid-19 detetada na Índia já foi identificada em pelo menos 17 países, anunciou a Organização Mundial de Saúde (OMS), que teme que possa ser mais contagiosa.

A estirpe B.1.617 foi detetada em mais de 1.200 sequências de genoma em "pelo menos 17 países", anunciou a OMS na noite de terça-feira.

A maioria das amostras "vem da Índia, Reino Unido, Estados Unidos e Singapura", revela o relatório semanal sobre a pandemia.

Nos últimos dias, a variante também foi encontrada em vários países europeus, incluindo Bélgica, Suíça, Grécia, Itália e Portugal (seis casos na região de Lisboa).

Esta variante, detetada em outubro, no oeste da Índia, é qualificada como um "mutante duplo", por ser constituída por duas mutações do vírus SARS-CoV-2.

A primeira, a E484Q, é parecida com a que já tinha sido observada nas variantes detetadas na África do Sul e no Brasil (E484K), suspeita de causar menor eficácia da vacinação e maior risco de reinfeção.

A segunda, a L452R, também está presente numa variante encontrada na Califórnia, nos Estados Unidos, e pode causar aumento da transmissão da infeção.

Nova estirpe é mais resistente às vacinas?

Esta é a primeira vez que estas características foram encontradas juntas numa variante com difusão significativa, levantando preocupações de que a nova estirpe seja "mais resistente" às atuais vacinas, desenvolvidas para reconhecer a proteína ‘spike’ presente nas outras variantes do novo coronavírus, e mais contagiosa.

"A B.1.617 tem uma taxa de crescimento mais elevada do que outras variantes que circulam na Índia, sugerindo uma maior contagiosidade", acrescentou a OMS, que, no entanto, continua a considerá-la uma "variante de interesse" e não de "preocupação".

A maior transmissibilidade da nova estirpe poderá explicar a explosão do número de infetados na Índia, a braços com uma segunda vaga que está a provocar o colapso dos serviços de saúde.

País regista novos máximos

A Índia, quarto país com mais vítimas fatais, atrás dos Estados Unidos, do Brasil e do México, ultrapassou já as 200 mil mortes desde o início da pandemia.

O país voltou a anunciar um novo máximo diário de mortes (3.293) e de novas infeções, com mais de 360 mil casos num só dia.

Desde o início da pandemia, a Índia acumulou 201.187 óbitos e mais de 17,9 milhões de infeções, sendo o segundo país do mundo com mais casos, atrás dos EUA.

A pandemia provocou, pelo menos, 3.122.150 mortos no mundo, resultantes de mais de 147,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+