08 mai, 2021 - 15:56
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que a Índia e a União Europeia concordaram em negociar um acordo comercial, outro de proteção de investimentos e um de indicações geográficas.
“Hoje, concordámos em dar início a negociações de acordos de reforço mútuo, sobre o comércio, proteção de investimento e indicações geográficas. Este é um primeiro passo importante”, afirmou Charles Michel, este sábado.
O presidente do Conselho Europeu falava em conferência de imprensa após a reunião de líderes UE-Índia, a que o primeiro-ministro, Narendra Modi, se juntou por videoconferência.
Posição foi defendida por António Costa no final d(...)
Mostrando-se “feliz” por anunciar que a Índia e a União Europeia estão a “abrir um novo capítulo importante” nas suas relações, Charles Michel disse que os dois blocos são “as duas maiores democracias” e “parceiros naturais em muitas áreas”.
“Uma parceria robusta, baseada em valores comuns e interesses convergentes, irá beneficiar os nossos cidadãos, a região do Indo-Pacífico, e o mundo mais vasto. Hoje concordámos em passos concretos para expandir esta parceria estratégica”, sublinhou.
A União Europeia e a Índia já tinham tentado negociar um acordo comercial, mas as negociações acabaram por ficar bloqueadas em 2013 devido a desentendimentos entre as duas partes.
A UE é o maior parceiro comercial da Índia e o segundo maior destino das exportações indianas, tendo o comércio entre os dois territórios aumentado 72% na última década.
Atualmente há cerca de 6.000 empresas europeias presentes na Índia, responsáveis por 1,7 milhões de empregos diretos e cinco milhões indiretos.
A reunião de líderes UE-Índia, enquadra-se numa das grandes prioridades da presidência portuguesa, “que consiste em reforçar a autonomia estratégica de uma Europa aberta ao mundo”, neste caso com a região do Indo-Pacífico em foco.
Portugal acolheu a primeira Cimeira UE-Índia, em Lisboa, durante a Presidência portuguesa da UE em 2000, e a Índia acolheu a oitava Cimeira UE-Índia, em Nova Deli, em 2007, também durante uma Presidência portuguesa.