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Israel

Posição de Portugal sobre conflitos em Jerusalém "não é equidistante", mas "a favor da paz e dos direitos humanos"

12 mai, 2021 - 21:26 • Lusa

O PCP tem criticado as declarações do Governo sobre o conflito, dizendo que não refletem os ataques de que tem sido alvo a comunidade palestiniana.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou esta que a posição de Portugal sobre os conflitos em Israel e Gaza "não é uma posição equidistante", mas sim "a favor da paz e dos direitos humanos", independentemente da religião ou etnicidade.

"Portugal não mudou a sua posição em relação ao conflito na Palestina. (...) Portugal apoia a solução dos dois Estados, numa única solução capaz de garantir a coexistência de dois Estados soberanos vivendo pacificamente lado a lado", frisou Augusto Santos Silva, na Assembleia da República.

O ministro respondia a uma questão do deputado Bruno Dias (PCP), durante o debate preparatório do Conselho Europeu de 24 e 25 de maio, sobre a "posição vergonhosa" do Governo português em relação à violência que se assiste em Israel e na Palestina.

"Sobre as questões da política externa da UE, o que se nota na agenda desta reunião do Conselho é um silêncio ensurdecedor sobre o que está a acontecer na Palestina, a par de uma posição vergonhosa do Governo português. É que, senhor primeiro-ministro, na Palestina não há um conflito, há uma ocupação", apontou o deputado comunista.

"Vai ou não vai haver uma outra posição do Governo português e da presidência portuguesa da UE que acabe com essa subserviência chocante a que continuamos a assistir?", questionou Bruno Dias.

Augusto Santos Silva sublinhou que "a posição de Portugal não é uma posição equidistante", mas sim "a favor da paz e dos direitos humanos, qualquer que seja a etnicidade, qualquer que seja a religião, qualquer que seja a nacionalidade".

"Portugal condena a política de colonizações e de ocupação de território por parte de Israel. Portugal condena todos os excessos e pede e apela à máxima contenção das partes. Mas Portugal condena também o lançamento de "rockets". Mais de mil "rockets" foram lançados contra populações civis. Portugal não se esquece disso", frisou o governante.

O Governo português, acrescentou, "apela a que todas as partes que defendem a paz, que defendem o diálogo, não se deixem esmagar por extremismos, que o que querem é limpar da face dessa terra, sagrada para tantos os moderados, porque só sabem viver da escalada de violência e provocação".

Augusto Santos Silva assegurou, aliás, que "todos os atores relevantes na área", desde palestinianos, israelitas e jordanos, "respeitam a posição portuguesa".

"Portugal diz tudo isto e é por dizer tudo isto que é respeitado por todas as partes", frisou.

Na terça-feira, perante o aumento da tensão em Jerusalém Oriental, a zona palestiniana da cidade ocupada e anexada por Israel, o Ministério dos Negócios Estrangeiros escreveu na rede social Twitter que Portugal "acompanha com grande preocupação os recentes desenvolvimentos em Israel e no território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Leste".

"Condenamos o lançamento indiscriminado de mísseis a partir da Faixa de Gaza contra civis israelitas", acrescentou.

Esta posição foi criticada pelo Livre, que considerou as publicações "lamentáveis", já que excluem a "referência às vítimas palestinianas", instando o Governo a reconhecer "um Estado palestiniano".

Na segunda-feira, a violência aumentou com o lançamento de "rockets" da Faixa de Gaza contra Israel e ataques aéreos israelitas contra este território palestiniano.

De acordo com o mais recente balanço do Ministério da Saúde em Gaza, desde o pôr-do-sol de segunda-feira, 65 palestinianos – incluindo 16 crianças e uma mulher – foram mortos em Gaza, a maioria nos ataques aéreos.

Do lado israelita, os "rockets" disparados a partir de Gaza mataram sete pessoas, entre as quais duas crianças.

Comentários
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  • Anónimo
    13 mai, 2021 Lisboa 08:49
    O governo português não me representa! Mataram mais de 16000 cá dentro através da sua extrema incompetência na gestão da pandemia e apoiam o estado fascista de Israel que mata tantos ou mais lá fora. Escumalha!
  • Fernando Soares Loja
    12 mai, 2021 Lisboa 22:14
    As forças armadas israelitas limitaram-se a responder ao lançamento de centenas de rockets disparados pelo mnovimento terrorista Hamas contra a população civil israelita. O que queriam os comunistas portugueses? Que Israel ficasse a assistir sem se defender?

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