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Biden falou com Netanyahu para reforçar direito de Israel se defender

13 mai, 2021 - 00:22 • Lusa

A diplomacia americana pede a Israel que evite fazer vítimas civis, numa altura em que se têm verificado episódios de linchamentos e confrontos entre cidadãos árabes e judeus em vários pontos do país.

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O Presidente dos EUA, Joe Biden, falou esta quarta-feira por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, quando as autoridades de Israel contabilizam o lançamento de mais de 1.500 “rockets” desde Gaza, nos últimos dias.

“Tive uma conversa com Bibi Netanyahu. A minha esperança é que a situação seja resolvida o mais depressa possível, mas Israel tem o direito de se defender quando milhares de ‘rockets’ são disparados contra o seu território”, informou Biden.

Quase 1.500 “rockets” foram disparados desde a Faixa de Gaza contra várias cidades israelitas, desde segunda-feira, quando do início da escalada militar entre o movimento islâmico xiita Hamas e Israel, de acordo com as autoridades israelitas.

O novo surto de violência, o mais intenso em sete anos, já fez cerca de 100 mortos de ambos os lados, incluindo crianças, entre os “rockets” lançados pelo Hamas e os ataques israelitas.

Na noite desta quarta-feira, num subúrbio de Tel Aviv, uma multidão de israelitas ultranacionalistas arrastou um homem de um carro, pensando que se tratava de um árabe, e espancaram-no até que este caiu no chão, imóvel e ensanguentado.

Na cidade de Tiberíades, no norte de Israel, um vídeo nas redes sociais mostra várias pessoas agitando bandeiras e atacando automóveis, revelando que a onda de violência continua a agravar-se em vários pontos do país.

Ainda esta quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram o envio de um emissário a Israel e aos territórios palestinianos para exortar de novo à redução da escalada das violências nos últimos dias, e apelaram ao Estado judaico para “evitar vítimas civis”.

Hady Amr, alto responsável do departamento de Estado norte-americano responsável pelos assuntos israelitas e palestinianos, terá por missão exortar, “em nome do Presidente Biden, uma redução da escalada da violência”, declarou o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, perante os media.

O secretário de Estado norte-americano acrescentou que também falou esta quarta-feira com Netanyahu, a quem "reiterou o apelo para uma redução das tensões e para o fim da violência".

Ao confirmar “o forte apoio dos Estados Unidos ao direito de autodefesa de Israel”, Blinken também “sublinhou a necessidade de israelitas e palestinianos poderem viver em segurança” e “desfrutar em paz a liberdade, segurança, prosperidade e democracia”.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reuniu-se com o seu homólogo israelita, Benny Gantz, para também apelar a "todas as partes envolvidas" para "tomar medidas para restaurar a calma".

Antony Blinken voltou a condenar os ataques do Hamas a Israel e considerou que "qualquer morte de civis" é "uma tragédia".

"Acho que Israel tem o dever de tentar fazer tudo para evitar baixas de civis, mesmo que tenha o direito de defender o seu povo", disse o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando ter ficado comovido com as imagens de morte de crianças palestinianas.

Perante as críticas à atitude do Governo de Joe Biden, acusado de não se querer envolver no conflito entre Israel e a Palestina, o secretário de Estado garantiu que os Estados Unidos estão "totalmente envolvidos" com "todas as partes, incluindo com os palestinianos".

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