13 mai, 2021 - 13:45 • Redação com Lusa
Israel pondera uma invasão terrestre na Faixa de Gaza. Interrogado sobre esta eventualidade o porta-voz do exército, Jonathan Conricus, reconheceu que há unidades “prontas”, mencionando ainda “preparativos para operações terrestres em diferentes etapas”.
Do lado islâmico, o Hamas deu conta de mais 16 mortos nos ataques israelitas à Faixa de Gaza, que controla, o que faz aumentar para 83 o total de palestinianos mortos desde o início das hostilidades, na segunda-feira.
Além de um total de 83 mortos, incluindo 17 crianças, 487 pessoas ficaram feridas, indicou o Hamas, após uma nova noite de ataques aéreos de Israel no enclave e de disparo de ‘rockets’ a partir de Gaza em direção ao território israelita.
Esta foi a terceira noite de hostilidades entre Israel e grupos armados palestinianos em Gaza e o conflito prossegue esta quinta-feira.
As salvas de ‘rockets’ contra território israelita levaram ao desvio de todos os voos em direção ao aeroporto internacional Ben Gurion de Telavive.
Os Estados Unidos anunciaram o envio de um emissário a Israel e aos territórios palestinianos para exortar, uma vez mais, à paragem da violência, enquanto Moscovo apelou a uma reunião de urgência do Quarteto para o Médio Oriente (União Europeia, EUA, ONU e Rússia).
A luta entre Israel e o Hamas iniciou-se na segunda-feira após semanas de tensões israelo-palestinianas em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo, nesta zona da cidade ilegalmente ocupada e anexada pelo Estado hebreu, de acordo com a lei internacional.
Desde segunda-feira, o exército israelita indicou ter realizado 600 bombardeamentos na Faixa de Gaza, território exíguo sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos.
As milícias do Hamas e da Jihad Islâmica dispararam cerca de 1.600 ‘rockets’ contra território israelita, que mataram sete pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e deixaram feridas centenas.
Israel tem sido confrontado com uma outra “frente” com tumultos em cidades judaico-árabes, levando o ministro da Defesa, Benny Gantz, a ordenar esta quinta-feira o reforço “de forma massiva” das forças de segurança naquelas localidades.
“Estamos numa situação de emergência (…) e agora é necessário reforçar de forma massiva as forças no terreno”, declarou num comunicado, anunciando o destacamento de 10 companhias de guardas fronteiriços, que normalmente operam na Cisjordânia ocupada.