16 mai, 2021 - 09:52 • Lusa
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As autoridades sanitárias alemãs admitem que venha a ser necessária no próximo ano uma terceira dose da vacina contra o novo coronavírus, tal como já haviam apontado alguns fabricantes.
Numa entrevista publicada pela imprensa do grupo Funke, o presidente da Comissão Permanente de Vacinação (Stiko) alemã avisou que as atuais vacinas contra a Covid-19 “não serão as últimas”.
“Em princípio, devemos preparar-nos para que, provavelmente, no próximo ano todos tenhamos de refrescar a nossa proteção imunológica”, admitiu Thomas Mertens.
No entanto, a Alemanha ainda não tomou qualquer decisão a esse respeito, estando a aguardar os estudos imunitários que estão a ser efetuados na população já vacinada.
Também em declarações à imprensa do mesmo grupo de comunicação social, o especialista para os assuntos de Saúde do Partido Social Democrata (PSD), Karl Lauterbach, assinalou que, aparentemente, a imunidade dada pela vacina dura cerca de seis meses.
Mertens alertou para o facto de poder ser necessária, com urgência, uma terceira dose se surgirem variantes para as quais as vacinas sejam ineficazes.
Se assim for, prosseguiu, será necessário adaptar essas fórmulas às mutações e vacinar novamente os imunizados, dando como exemplo as vacinas da AstraZeneca e Johnson & Johnson, “que se mostraram menos eficazes com a variante detetada pela primeira vez na África do Sul.
As empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, criadoras de uma das vacinas cobiçadas, anunciaram recentemente que poderá ser necessária uma terceira dose da sua fórmula para fortalecer a imunidade.
Este domingo, as autoridades sanitárias alemãs indicaram que se mantém a tendência de diminuição de novos casos, tendo-se registado, nas últimas 24 horas, 8.500 infeções e 71 mortes.
O Governo alemão indicou nos últimos dias que a terceira onda da pandemia parece estar controlada.
A Alemanha acumulou desde o início da pandemia 3.593.434 casos de infeção (3.286.400 estão recuperados) e 86.096 mortes.
A pandemia provocou, pelo menos, 3.359.726 mortos no mundo, resultantes de mais de 161,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.