17 mai, 2021 - 20:01 • Lusa
Partidos, sindicatos e entidades civis palestinianos convocaram esta segunda-feira uma greve geral para terça-feira em Israel e nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, para protestar contra "o ataque israelita a Gaza" e os despejos de famílias palestinianas.
"Empresas, escolas, universidades e escritórios nos territórios ocupados" estão convocados para encerrarem portas na sequência do apelo do partido nacionalista Fatah - liderado pelo Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, - para uma greve", avançou esta segunda-feira a agência de notícias oficial palestiniana Wafa.
As organizações sindicais de advogados, de docentes, o Comité Superior de Transportes Públicos, o movimento de representação de reclusos e outras organizações emitiram declarações de apoio ao protesto.
Por sua vez, o Alto Comité para Acompanhamento Árabe de Israel, que representa os israelitas-árabes de origem palestiniana (cerca de 20% da população israelita) também se juntou à greve.
Esta comunidade foi alvo de linchamentos e ataques por parte de extremistas judeus durante a última semana, em diferentes partes do país, onde muitos árabes entraram em confronto com as forças de segurança e judeus, o que provocou a morte de um homem de 56 anos.
A greve foi convocada depois de uma semana de escalada da violência entre as milícias palestinianas de Gaza e Israel, considerada como a pior desde 2014.
Desde que eclodiu, em 10 de maio, o conflito já provocou a morte de pelo menos 200 palestinianos em Gaza e 10 pessoas em Israel.
Os combates começaram após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.