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Bielorrússia

Lukashenko diz que reação estrangeira é um ataque. Passaram "linhas vermelhas"

26 mai, 2021 - 09:40 • Lusa

Um voo foi forçado a fazer um desvio para Minsk, culminando com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich e da companheira.

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O presidente da Bielorrússia disse que os "ataques ultrapassam as linhas vermelhas" referindo-se às reações internacionais provocadas pelo desvio de um avião para deter um opositor.

"Os nossos adversários do estrangeiro e do interior do país mudaram os métodos para atacarem o nosso Estado. Ultrapassaram uma infinidade de linhas vermelhas. Passaram para lá dos limites do entendimento da moral", disse Alexander Lukashenko, citado pela agência oficial Belta, durante um discurso perante altos responsáveis do regime.

Um voo da companhia de baixo custo irlandesa Ryanair entre Atenas, na Grécia, e Vílnius, na Lituânia, foi forçado no domingo a fazer um desvio para Minsk, na Bielorrússia, que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich e da companheira.

Na segunda-feira, a União Europeia, reunida em cimeira extraordinária, aprovou uma série de medidas contra o regime bielorrusso e exigiu a libertação de Roman Protasevich.

Os líderes europeus pediram às companhias europeias para evitarem o espaço aéreo bielorrusso, banindo também as transportadoras da Bielorrússia na Europa.

Roman Protasevich, de 26 anos, é o ex-chefe de redação do influente canal Nexta, que se tornou a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020.

A Bielorrússia atravessa uma crise política desde as eleições de 9 de agosto de 2020, que segundo os resultados oficiais reconduziram o Presidente, Alexander Lukashenko - no poder há mais de duas décadas - para um sexto mandato, com 80% dos votos.

A oposição denunciou a eleição como fraudulenta e reivindicou a vitória nas presidenciais.

Desde então, o país testemunhou uma vaga de protestos populares para exigir o afastamento de Lukashenko, manifestações conduzidas pela oposição que têm sido reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.

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  • Jose Valente
    26 mai, 2021 Amadora 16:42
    Antecedentes de "pirataria/terrorismo de estado" às ordens de certos regimes, no espaço aéreo da União Europeia : Só para recordar : 2 de Julho de 2013. O avião do Presidente da Bolívia, Evo Morales, sai do aeroporto de Moscovo com destino a La Paz, com escala técnica prevista para Lisboa. Mas, há um problema : o regime americano suspeita que a bordo viaja o ex-agente da NSA Edward Snowden, um "traidor" para os líderes de Washington. São dadas ordens aos regimes europeus politicamente vassalos, a começar pelo de Lisboa, que logo proíbe o avião de sobrevoar ou de aterrar nesse país. O mesmo sucede com a Espanha, França e Itália. O avião presidencial acaba por aterrar em Viena, onde fica várias horas. E, afinal, ainda por cima, o perigoso dissidente do regime americano não está a bordo, nem nunca tinha estado. Agora, para ser politicamente correto, há que dizer que, há oito anos, estas linhas eram brancas, azuis e ... cor de rosa ?
  • Anónimo
    26 mai, 2021 Lisboa 10:45
    Linha vermelha é intercetar um avião comercial entre dois países que nada têm a ver com a Bielorrússia com o objetivo de prender um opositor político. No fundo o criminoso Lukashenko está a fazer o mesmo que a criminosa NATO fez em 2013 com o avião de Evo Morales, devido à suspeita de o exilado político americano Edward Snowden se encontrar nesse avião.
  • Cidadao
    26 mai, 2021 Lisboa 10:29
    Façam o que fizeram até agora - não voar no espaço aéreo Bielorusso e impedir voos da Bielorussia em território da UE. Mas complementem com outras medidas, tipo, caso haja voos comerciais da UE junto ao espaço aéreo bielorrusso, haver aviões de caça da UE de prevenção, prontos para descolar e proteger esses voos, caso o usurpador Lukashenko tente repetir a façanha.

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