01 jun, 2021 - 08:15 • João Cunha , Cristina Nascimento
A Federação Internacional da Cruz Vermelha alerta para os perigos da próxima temporada de furacões que pode ser “devastadora” na América Central.
A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos prevê a formação de 13 a 20 tempestades no Oceano Atlântico, a partir deste mês. Entre seis e dez vão evoluir para furacões de forte intensidade.
Segundo a nota da Cruz Vermelha, a região ainda se ressente das tempestades do último ano. Cerca de 7,5 milhões de pessoas ainda estão a recuperar os danos causados pelos furacões Eta e Iota, que há seis meses afetaram a zona.
Lembra ainda que a situação pandémica também está por resolver, a vacinação ainda não está generalizada e os cuidados necessários para evitar a propagação da Covid-19 implicam uma complexidade maior.
Para mitigar os desafios logísticos causados pelas restrições da Covid-19, a Cruz Vermelha colocou antecipadamente ajuda humanitária no Panamá, Guatemala, Honduras e nas Caraíbas para fornecer resposta imediata às necessidades humanitárias de até 60.000 pessoas.
A Cruz Vermelha está particularmente preocupada com as zonas de língua inglesa e holandesa, onde vários países foram afetados pela erupção vulcânica de La Soufrière e onde os casos e as mortes por Covid estão a atingir valores recorde.
Na antecipação de dificuldades, a Federação Internacional da Cruz Vermelha deixou também alguns conselhos sobre como se pode preparar para a época de tempestades.
O primeiro passo é ter um plano de evacuação que deve contemplar por exemplo a hipótese de, durante uma emergência, ficar isolado da família. Se já tem um plano de evacuação, deve ser atualizado e revisto por todos os elementos da família.
O segundo passo é criar um kit de emergência com água, comida não perecível, uma lanterna, um rádio a pilhas, um estojo de primeiros socorros, medicação, ferramentas básicas, bens de higiene, cópias de documentação essencial, carregadores de telemóvel, dinheiro, cobertores, mapa da zona e contactos de emergência. Se já tem um kit de emergência, agora é a oportunidade de verificar, por exemplo, se os bens alimentares e a água ainda estão próprios para consumo e verificar se as cópias dos documentos essenciais estão atualizadas.
O terceiro passo é manter-se informado. Pesquise sobre como é que as autoridades entram em contacto com a população durante uma situação de emergência e como é que pode obter informações importantes.